Rogério Cruz avalia nova reforma administrativa e diz que vereadores ‘terão de tomar decisão’
Prefeito que é pré-candidato a reeleição também monitora situação do Republicanos, seu antigo partido
O prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) destaca que ainda há tempo para se planejar e não descarta que uma nova reforma administrativa aconteça, especialmente, nos dias que antecedem as convenções, em agosto. Nesta entrevista exclusiva ao Mais Goiás, ele também fala sobre seu relacionamento com a Câmara de Vereadores de Goiânia durante esse período de pré-campanha e que parlamentares que pertencem à sua base devem tomar uma decisão com relação a futuros apoios eleitorais.
Cruz falava especialmente no contexto de vereadores como Thiallu Guiotti, que preside o Avante em Goiás, e, junto com o grupo de Romário Policarpo e Bruno Peixoto – presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás – faz parte da gestão, com indicações no primeiro escalão do Paço Municipal.
“O Avante está conosco na gestão, mas é uma decisão que ele precisa tomar mais para frente. Como nós estamos fazendo gestão e o Avante tem a secretária de Esportes, que está fazendo um excelente trabalho frente a ela, mais para frente quando chegar o momento de decisão política, tem de haver decisão da minha parte ou da parte dele”, pontua. Dias antes da entrevista, o secretário de Governo, Jovair Arantes (Republicanos) destacou que não aceitaria “promiscuidade política” de vereadores da base.
Rogério opta por uma posição de maior liberdade ao parlamentar. Ainda assim, destaca que mudanças podem haver daqui para o período das convenções. “O vereador está na base e teve de ir para um partido que não está na base do Rogério, mas ele tem livre-arbítrio para decidir o seu trabalho. São essas conversas que estamos tendo para não errarmos. Nós temos hoje partidos que estão conosco e os vereadores estão na base e alguns outros estão em outros lugares. Mas acreditamos que tudo isso pode mudar”, pontuou.
Rogério Cruz mantém Republicanos na base, mas monitora situação do partido
O prefeito Rogério Cruz reconhece que foi pego de surpresa com relação ao comunicado de que sua gestão não era viável pelo Republicanos. “Recebi o recado numa quarta-feira à tarde, pois teria até sábado para definir”, salientou, destacando o prazo da janela partidária que finalizou no sábado (6).
Questionado se não foi pego de surpresa, Cruz tentou desconversar e tirou uma resposta da manga após alguns microssegundos de silêncio. “O bom é que deu tempo para encontrar outro partido”, destaca. Ele revela que, antes de bater o martelo com relação a sua filiação, considerou três legendas, além do Solidariedade: PP, PDT e PRTB. “O que eu me senti mais seguro foi o Solidariedade por vários assuntos. Tenho um certo relacionamento com o presidente estadual, o nacional, enfim. Definimos isso na sexta-feira a noite e no sábado a tarde eu fiz a alteração”, pontuou.
Antes da mudança partidária, Rogério Cruz sempre destacava que tinha segurança e a palavra da direção nacional do Republicanos. O prefeito diz não saber detalhes do contexto que levou o partido a mudar a rota em relação ao apoio e diz que o aviso foi feito “de repente”, sem aviso prévio.
“No dia que recebi o recado, tinha apenas 20 dias que eu e Jovair estivemos com o Marcos Pereira e ele garantiu que o partido estaria junto e daria condições, mas de repente, eu recebo essa notícia. Não participei da conversa dessa decisão, só recebi o comunicado. Política é assim, temos de estar preparados para qualquer situação quando estamos na população”, pontuou.
Rogério Cruz também revela que não considerou exonerar indicações do Republicanos na Prefeitura de Goiânia e que encarou todo o processo com “muita naturalidade”, mas sugere que o comando estadual do partido teve peso na mudança de rota da direção nacional.
“Meu foco é a gestão. O Republicanos estadual é um. Hoje trabalhamos no município. Em conversa com a vereadora Sabrina Garcez, que é a representante legal do partido em Goiânia, ela me garantiu que o partido está comigo. Ela sempre me dá segurança”, pontua.
No entanto, ele destaca que monitora as decisões nacionais e estaduais do partido. “Estamos buscando várias informações com o Republicanos estadual e nacional. De acordo com as informações que chegam, a gente pode tomar alguma decisão lá na frente. Isso fica mais pra frente”, destacou.