Rogério Cruz defende abertura de igrejas durante pandemia de Covid-19
Prefeito havia vetado projeto que considerava atividade como essencial, no entanto, enviou à Câmara outro no lugar
O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) voltou a defender a abertura de igrejas durante a pandemia de Covid-19 em Goiânia durante evento de inauguração de sede da Unidade de Saúde da Família, no Setor Garavelo, na capital. O chefe do Executivo argumentou que abertura de templos é constitucional e que não poderia impedir o funcionamento.
Rogério Cruz alegou, em entrevista, que o atendimento individual, conforme preconizado pelo decreto anterior, “gerava tumulto”. O prefeito ainda disse que os pastores ficavam cansados, pois o atendimento um a um demorava e consumia o dia todo. “Então achei mais fácil reunir um grupo de pessoas, respeitando o limite de 10%”, sustentou.
No decreto de renovação das medidas de isolamento social para combate à covid-19, publicado na última segunda-feira (8), ficou permitida a realização de missas, cultos e reuniões similares com horário de funcionamento limitado entre 7 horas e 21 horas.
As medidas ainda limitam o comparecimento de pessoas limitado a 10% do total de assentos, com o distanciamento mínimo de dois metros entre frequentadores e colaboradores, uso obrigatório de máscaras, distribuição de álcool em gel e aferição de temperatura de todos os indivíduos.
Além disso, intervalo mínimo de três horas entre as missas, cultos e reuniões similares para realizar a limpeza e desinfecção das superfícies dos ambientes.
Veto
Na semana passada, Rogério Cruz vetou projeto de lei de autoria do vereador dr. Gian (MDB) que considerava igreja como atividade essencial na capital. No dia seguinte, o prefeito enviou projeto que preconiza a atividade como essencial. A diferença é que o novo projeto deixa para o Executivo a decisão de liberação ou não do funcionamento de templos e cultos durante a pandemia de covid-19.
O tele-evangelista Silas Malafaia compartilhou um vídeo em suas redes sociais em que faz duras críticas ao prefeito de Goiânia, que é pastor licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, pelo veto ao projeto.