Rogério Cruz diz contar com PDT, PRTB e Mobiliza, e que traições “acontecem muito” na política
Um dia antes da convenção que o confirmará candidato, chefe do executivo avalia o contexto político
Às vésperas da convenção que confirmará sua candidatura à reeleição pelo Solidariedade, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz afirma em entrevista exclusiva ao Mais Goiás, concedida nesta sexta-feira (2), que ao final do período de convencional, no próximo dia 5 de agosto, contará com, pelo menos, quatro partidos em sua base. Ele admite que tende mesmo a perder os apoios do PP e Republicanos, que ainda participam da sua gestão.
Rogério, entretanto, disse que Jovair Arantes (Republicanos), seu secretário de Governo e responsável pela articulação política, também dialoga com o DC, que tenta emplacar o vice dele. Entretanto, a legenda deve indicar o delegado Humberto Teófilo na chapa do ex-deputado estadual Fred Rodrigues (PL).
O vice mesmo deve vir de um dos três partidos que já declararam apoio ao seu projeto. Entretanto, não há pressa e as negociações se estenderam até o próximo dia 15 de agosto, quando termina o prazo para registro de candidatura.
“O PDT já se colocou à disposição de indicar um nome, mas na política, a coisa muda do dia para noite. Seguramente, estamos aguardando essas conversas finais para definir qual partido e o nome que será escolhido. A convenção ocorre amanhã [sábado], mas temos até o dia 15 de agosto”, salientou.
Cruz destacou que, ainda assim, há ânimo e tempo para reverter o quadro eleitoral que hoje o coloca distante do pelotão que lidera as pesquisas. “Nós nunca deixamos de trabalhar. Nossa administração foi a que destravou o BRT. Durante a campanha, vamos mostrar o que fizemos e o que ainda iremos fazer”, salientou.
O gestor também admitiu que, apesar do desejo de pré-candidatos a vereadores do Republicanos em caminhar ele, as direções estaduais e nacionais do seu ex-partido encaminham acerto com Sandro Mabel. “Esse indicativo de caminhar com o Sandro Mabel foi direcionamento feito pela direção nacional em conjunto com a estadual. Porém, os integrantes da chapa de vereadores do Republicanos querem estar comigo”, pontua. O PP também deve definir ainda nesta sexta o desembarque da gestão.
Questionado se não se sente traído pelo Republicanos, Rogério Cruz disse que são “brechas” que acontecem na política. “Infelizmente, a política tem esses espaços abertos e as pessoas fazem o que querem. Politicamente falando, isso infelizmente acontece. Infelizmente é a política que vem tendo essa brecha para que os responsáveis pelos partidos, sejam nacionais e estaduais ou municipal, encontrem brechas e passem por portas largas”, destacou.
Indagado sobre se as brechas seriam traições, Rogério Cruz respondeu positivamente. “Sim, isso acontece muito.” Se ele foi traído? “Não digo traído, tivemos várias conversas, tive oportunidade de mudar de partido em tempo para poder buscar outra legenda e concorrer a eleição”, devolveu com uma resposta reticente.