Política

Ronaldo Caiado e Bolsonaro discutem dificuldade dos estados

Os dois se reuniram em Brasília na manhã desta quarta-feira (14)

O governador eleito por Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), se reuniu com o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), na manhã desta quarta-feira (14), em Brasília, durante o café-da-manhã.

Segundo o atual senador, a discussão foi sobre as dificuldades dos estados brasileiros, em relação à situação fiscal. “Temos 15 estados inviabilizados, sem ter condições de ter o aval do Tesouro Nacional e do Ministério da Fazenda, vivendo uma situação caótica”, disse.

O senador ainda citou o atraso no pagamento de servidores, como é o caso de Goiás. Esta semana a equipe do Governo Estadual divulgou o cronograma de pagamento dos salários, de acordo com as pastas que ocupam.

O valor gasto pelo Estado de Goiás com servidores seria de R$ 1 bilhão e 260 milhões por mês, enquanto a arrecadação é de R$ 1 bilhão e 300 milhões. A dívida consolidada seria de R$ 19 bilhões. Caiado ainda citou a existência de obras empenhadas mas sem a possibilidade de execução.

Ele adiantou que economistas analisam a criação de uma fonte de financiamento por meio do Banco Mundial, para os estados. Contudo, ainda não há detalhes maiores e o assunto não chegou a ser abordado na reunião com o futuro presidente.

Durante o café-da-manhã, Bolsonaro teria dito que precisaria tomar medidas duras, austeras, para superar a dificuldade atual do País. E que os estados teriam que cortar gastos e diminuir a estrutura da máquina, buscando mais eficiência e transparência na gestão.

A equipe do Governo de Goiás, por sua vez, divulgou que o estado está na 17ª posição, entre 27 estados brasileiros, que tiveram aumento de gasto com pessoal. Isso inclui ativos e inativos.

“O Estado aumentou essas despesas dentro da média geral dos Estados que foi de 31,58% entre os anos de 2011 e 2017. Para se ter uma ideia, o Rio de Janeiro aumentou em 100%, seguido de Maranhão e Mato Grosso do Sul em torno de 80”, diz a assessoria de imprensa.

O custo com Previdência teria aumentado 18% entre 2015 e 2017, gerando déficit de R$ 2,4 bilhões. Os dados são da Secretaria Nacional do Tesouro (SNT), divulgados nesta terça-feira (13).