Sabia que as decisões contra Lula seriam anuladas, diz Accorsi
"Sempre soube que isso ia acontecer. Eu conheço o processo e não há provas"
“Sempre soube que isso ia acontecer. Eu conheço o processo e não há provas”, disse a deputada estadual Adriana Accorsi (PT) sobre a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que concedeu habeas corpus para declarar incompetente a 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar quatro processos que envolvem Lula –o do tríplex, o do sítio de Atibaia, o do Instituto Lula e o de doações para o mesmo instituto. “Todos esses anos, Lula foi acusado injustamente”, reforçou.
Fachin, na decisão, entendeu que, com a incompetência, ficam nulos os atos decisórios, inclusive do recebimento das denúncias contra Lula. Assim, ele afirma que os autos devem ser remetidos para a Justiça do Distrito Federal. E que caberá ao “juízo competente decidir acerca da possibilidade da convalidação dos atos instrutórios”.
Ainda segundo Accorsi, ficou muito claro que o então juiz Sergio Moro (à frente do caso do Tríplex) combinou com o – também – então coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, para impedir a candidatura de Lula em 2018. Como prêmio, segundo ela, o ex-magistrado foi contemplado pelo maior beneficiado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como Ministro da Justiça.
“Isso não poderia prosperar em País nenhum. Esperamos, agora, que o juiz e o procurador sejam punidos, pois trouxeram grande mal ao Brasil”, diz ela ao lembrar que o ex-presidente Lula estava em primeiro lugar nas pesquisas de 2018. “Teríamos uma história diferente, hoje, com a maioria da população vacinada e mais pessoas salvas da Covid-19.”