Sabrina Garcêz diz que PT e MDB nada fizeram pelo Centro de Goiânia
Relatora do projeto que cria o Centraliza sustenta que parte da oposição na Câmara Municipal não quer que o programa de requalificação do Centro não prospere
A vereadora Sabrina Garcêz (Republicanos), relatora do projeto do projeto de lei que cria o Plano de Requalificação do Centro de Goiânia – Programa Centraliza, rebateu nesta quarta-feira (8/5), da tribuna da Câmara Municipal, críticas da oposição à matéria de iniciativa do prefeito Rogério (Solidariedade).
Para a vereadora, por questões políticas, há uma tentativa de travar a votação da matéria, que está pronta para ser apreciada em plenário, após ser aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). “Desde a década de 1990, a Prefeitura de Goiânia é gerida pelo MDB e PT. E olha só como o Centro está hoje”, pontuou.
Sabrina Garcêz se refere às gestões do ex-prefeito Iris Rezende, por dois mandatos recentes (2005/2008 e 2017/2020), e os petistas Pedro Wilson (2001 a 2004) e Paulo Garcia (de 1º de abril de 2010 a dezembro de 2012, e de 2013 a 2016).
A vereadora petista Kátia Maria, por exemplo, apresentou emenda com exigência da apresentação do estudo de impacto de trânsito e de vizinhança para novos empreendimentos no Centro. Para a relatora, a sugestão da petista é extremamente prejudicial ao projeto, mas que terá outras oportunidades, como a votação em plenário. “Porque a questão do Estudo de Vizinhança (EIV) e Estudo de Impacto de Trânsito (EIT) praticamente enterram o Centraliza. Mas nós vamos resgatá-lo daqueles que não querem que o Centraliza prospere”, afirmou.
O embate entre a base aliada e a oposição começou durante a reunião da CCJ e se estendeu ao plenário, quando Sabrina expôs detalhes do relatório.
“Os governos que passaram pela prefeitura, como o do PT, não deram conta de implantar um programa semelhante ao Centraliza, e o negócio deles é atrapalhar, porque essa é a boa política deles”, afirmou Ronilson Reis (Solidariedade).
De igual forma, o vereador Pedro Azulinho (MDB) disse se lembrar da época em que o PT comandava a prefeitura, no que diz respeito ao camelôs – outro questionamento da oposição, inclusive da vereadora tucana Aava Santiago – sobre a proposta de pedestralização da Avenida Anhanguera, entre as avenidas Araguaia e Tocantins. Para Azulinho, o governo petista “era só borracha em cima deles”. “A atual gestão teve a coragem Ninguém teve a coragem do prefeito Rogério, em requalificar o Centro de Goiânia”, destacou.
Ao discutir a matéria, Willian Veloso (PL) destoa do discurso da oposição, mesmo não integrando a base de apoio do Executivo. “Sou oposição, mas as matérias que forem de importância para a cidade, visando melhor a vida das pessoas, eu vou voltar a favor”, sustentou. “Não tenho o compromisso de ser contra só por ser contra mesmo”.
O presidente da CCJ, Henrique Alves (MDB), destacou o trabalho dos vereadores para aprimorar o texto. “O projeto foi amplamente discutido, tivemos três audiências públicas, debates, encaminhamento de emendas por parte do Executivo e de vereadores, propondo boas alterações ao projeto. Eu tenho a tranquilidade de dizer que o projeto sai melhor do que ele entrou na Câmara. Temos um Centraliza ainda mais robusto e mais conhecido pela sociedade, o que é mais importante para as pessoas que moram ou que investem no Centro”, pontuou.
Incentivos fiscais
O Programa Centraliza visa estimular e atrair investimentos no traçado histórico da cidade. “Trata-se do maior incentivo para o desenvolvimento econômico e requalificação de uma região da história da Capital”, afirma o prefeito Rogério. “O Centro já recebe ações imediatas na iluminação pública, na segurança e recapeamento de ruas e avenidas, aliadas as propostas apresentadas a Câmara Municipal, que juntas vão transformar o Centro da nossa cidade”, arremata.
O projeto de requalificação tem o objetivo de valorização dos moradores e comerciantes locais, por meio de incentivos fiscais no IPTU, ITBI e Taxa de Localização. Empreendimentos como escolas, cinemas, brechós e livrarias receberam destaque na proposta pela importância histórica, social e econômica para a região.