COLUNA DO JOÃO BOSCO BITTENCOURT

Sandro Mabel é contra o projeto de venda de áreas públicas em Goiânia

Pré-candidato defende que essas áreas sejam destinadas para a criação de micro e pequenos polos empresariais

Mabel: contra venda de áreas (foto divulgação)

O pré-candidato a prefeito Sandro Mabel (União Brasil) tem se posicionado, em reuniões com segmentos organizados, contra o atual projeto da Prefeitura de Goiânia de vender 48 áreas públicas da capital. “Não se pode liquidar patrimônio da cidade simplesmente para fazer gastança. É preciso haver planejamento, dar uma destinação para essas áreas que promova maior desenvolvimento de Goiânia”, diz. 

Segundo estimativa da Prefeitura, a venda destas áreas públicas deve arrecadar R$ 342 milhões. Os recursos, segundo justifica o Executivo municipal, serão destinados ao pagamento de precatórios (dívidas do município com a Justiça). “No final das contas, é para gerar caixa para a Prefeitura”, frisa Mabel. 

O pré-candidato defende que essas áreas sejam destinadas para a criação de micro e pequenos polos empresariais em Goiânia. “Mas com planejamento e propósito claro de desenvolver as regiões mais carentes da nossa capital”, frisa.

“Podemos trocar uma área pública de 5 mil metros quadrados em região mais valorizada da capital por outra quatro ou cinco vezes maior no Noroeste de Goiânia, por exemplo, e implantar um polo empresarial que vai gerar investimentos, empregos e desenvolvimento para a população dessa região”, diz Sandro Mabel. 

Distritos empresariais

Sandro Mabel (União Brasil) defende criar distritos industriais, comerciais e de serviços em Goiânia. Para isso, usar áreas municipais para implantação de polos regionais que possam gerar, entre outras coisas, emprego e renda. “Essas áreas municipais podem ser usadas para criação de locais de lazer ou outra demanda regional. A gente leva o emprego para perto das cass das pessoas”, diz.

Mabel cita o Jardim Primavera, na região Noroeste de Goiânia como exemplo. “Temos grandes áreas e uma população muito grande. Muitas pessoas acordam bem cedo, pegam ônibus, seus carros e motos e saem para trabalhar, muitas vezes, do outro lado da cidade. Gastam uma hora para chegar no emprego”, afirma.

“Quando a gente cria esses pequenos polos, abre vaga de trabalho perto da casa dessa pessoa. Ajuda no trânsito, melhora a qualidade de vida e ainda damos oportunidade de muitos empreendedores abrirem ou expandirem seus negócios. Toda Goiânia ganha”, frisa.

O pré-candidato informa que já analisa as áreas públicas de Goiânia que podem ser usadas para a criação de vários distritos empresariais, com levantamentos sobre o potencial de negócios que podem ser implantados. “Serão indústrias limpas, como confecções, por exemplo, da área de cosméticos, de equipamentos, de tecnologia”, explica.

Sandro Mabel detalha que também buscará ajuda do Senai para formação de mão de obra que estas novas indústrias possam precisar. “Goiânia está virando uma cidade dormitório, se pensarmos nessa questão industrial. As pessoas dormem aqui e trabalham em outras cidades, como Senador Canedo, Aparecida de Goiânia, Goianira e Trindade. As indústrias foram todas para lá. Temos que trazer pequenos polos de indústrias para ampliar emprego e renda na capital”, conclui.