Secretaria de Saúde de Goiânia ainda tem dívidas de 2014, afirma Fátima Mrué
A Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Saúde ouviu nesta sexta-feira (17) a secretária Municipal…
A Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Saúde ouviu nesta sexta-feira (17) a secretária Municipal de Saúde, Fátima Mrué. Durante a manhã os vereadores fizeram uma série de questionamentos e ouviram as explicações da titular da pasta sobre falta de medicamentos, de médicos em plantões, de repasses nos pagamentos de prestadores de serviços do Sistema Único de Saúde, entre outros temas.
Cristina Lopes (PSDB) quis saber sobre o fechamento temporário do Cais Jardim América e como o Novo Horizonte está lidando com o aumento dos atendimentos de emergência. Também perguntou sobre as dívidas da SMS e o recebimento de fundos no Ministério da Saúde, que não estão sendo repassados.
Fátima Mrué respondeu que os atendimentos da saúde básica que eram feitos no Cais Jardim América foram transferidos para a unidade do Pedro Ludovico e que somente a emergência foi para o Novo Horizonte. Ela contou que existe dívida da pasta desde o ano de 2014. Ainda segundo a secretária, o ano de 2017 ainda está sendo auditado e, portanto, ainda não é possível informar o valor. Disse que há um protocolo entre as secretarias Estadual e Municipal no MS. Assim, a verba Estadual para a média e alta complexidade é subtraída do valor enviado para o Município.
UTIs
Elias Vaz (PSB), relator da CEI, perguntou sobre a falta de medicamentos nas unidades e pediu que fossem descritas quais unidades estão sem os remédios. A secretária afirmou não poder trazer os dados por problemas no sistema de informática que “é frágil e que está sendo substituído por outro software de gestão mais eficaz nas mais de 100 unidades”.
Vaz questionou o fato de a SMS pagar curso de Mestrado para duas servidoras da pasta no valor de R$ 108 mil, apesar da Prefeitura relatar que existe uma crise financeira. Mrué defendeu que todo servidor tem direito ao Mestrado e que “o processo das servidoras passou por todos os trâmites legais tendo pareceres da Procuradoria do Município e da Controladoria Geral”.
O relator também pediu explicações sobre denúncias de que os prestadores de serviços de UTI estarem escolhendo pacientes que “dão mais lucro tendo enfermidades menos graves”. A secretária informou que determinou equipe de auditoria para visitar as UTIs diariamente em dois momentos para fiscalizar a ocupação dos leitos destinados a pacientes do SUS.
Diabéticos
Na ocasião, o vereador Jorge Kajuru (PRP) perguntou sobre o fornecimento de insulinas e insumos para pacientes diabéticos em Goiânia. Fátima Mrué respondeu que não há falta de insulina para os pacientes cadastrados e que a medicação pode ser administrada não só pela bomba, mas por canetas e que a secretaria precisou restringir o fornecimento das bombas para crianças e adolescentes. Segundo Mrué foi aberta licitação para troca da empresa que fornece esse material.