Secretaria de Saúde não acata recomendação do MPF para fornecer cloroquina em massa
Ismael Alexandrino disse que medicamentos tem sido utilizados apenas em casos específicos porque não existe ainda comprovação científica para tratamento da Covid-19
A Secretaria de Estado da Saúde não vai acatar recomendação do Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) para disponibilizar cloroquina na rede pública. A recomendação foi feita na manhã desta segunda-feira (25). O MPF quer que o Estado e 119 municípios disponibilizem os medicamentos para o uso precoce no tratamento da Covid-19, conforme “orientações do Ministério da Saúde”.
Hidroxicloroquina e azitromicina também deveriam ser disponibilizadas, de acordo com o MPF. Em conversa com o Blog Poder em Jogo, o secretário de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, afirmou que “não faz sentido acatar a recomendação do MPF, porque o tratamento com esses medicamentos ainda não tem nenhuma comprovação científica”.
Ismael explicou que remédios como a cloroquina e a azitromicina estão disponíveis nos hospitais de Campanha do Estado, mas que a prescrição não é em massa. “A cloroquina foi utilizada no HCamp Goiânia e temos disponível. Mas cada caso é avaliado individualmente, não é uma prescrição em massa e muito menos sem avaliar clinicamente cada peculiaridade do paciente”, explicou.
Na tarde de hoje, a Organização Mundial de Saúde (OMS), noticiou que suspendeu o estudos com a hidroxicloroquina para avaliar a segurança do medicamento. De acordo com a OMS, a decisão foi tomada após pesquisa mostrar maior risco de mortes em pacientes que usaram a droga.