Secretaria estima aumento de 108% dos moradores de rua em Goiânia

A Superintendência de Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds) estima que existam 2,5 mil moradores em situação de rua em Goiânia. Trata-se de um aumento de 108%, quando comparado ao número de 2019, antes da pandemia da Covid-19, quando censo realizado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Criminalidade e Violência (Necrivi), da Universidade Federal de Goiás (UFG), apontou 1,2 mil pessoas nessa condição. Em Goiás, seriam 4 mil, conforme a pasta.

No País, de 2021 para 2022, o número de pessoas em situação de rua cresceu 50%. Eram 158,06 mil no primeiro ano e 236,40 mil no segundo. A informação é do relatório População em situação de rua, divulgado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).

Segundo a vereadora Aava Santiago (PSDB), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Goiânia, é rotineiro, atualmente, ver nas ruas da cidade, famílias vulnerabilizadas, sem endereço fixo ou local para se abrigar, vivendo em barracas improvisadas.

“Essas pessoas precisam ser vistas, ouvidas, acolhidas. Reintegrá-las na cidadania é uma tarefa complexa que demanda o debate sério sobre o assunto, soluções eficientes e emergenciais e, acima de tudo, vontade política. Estamos diante de uma grave questão humanitária que exige o envolvimento de toda a sociedade civil e o Parlamento municipal está pronto a contribuir ”, comenta.

Por causa da situação, a comissão, junto com a Escola do Legislativo, realiza o 7º Encontro do Grupo de Trabalho (GT) em Políticas Públicas, nesta sexta (29). O tema será “População em Situação de Rua em Goiânia: a Política Nacional, suas Diretrizes e os Contrapontos com a Realidade Local”. O evento será realizado a partir de 9h, no Auditório Carlos Eurico, na Câmara Municipal de Goiânia. O evento será aberto ao público.