SOLUÇÃO À VISTA

Secretário estadual de Saúde espera que crise em Goiânia já esteja resolvida em janeiro

Ele acredita que até a segunda quinzena de 2025 tudo esteja já resolvido

Rasível dos Reis, secretário de Saúde, em coletiva com a imprensa nesta quarta-feira (11) (Foto: Reprodução - Mais Goiás)

O secretário de Saúde de Goiás, Rasível dos Reis, um dos integrantes do gabinete de crise que atua no grupo que auxilia o interventor de Goiânia, Márcio de Paula Leite, afirmou que a crise na saúde pública da capital pode ser solucionada até janeiro de 2025. A declaração foi feita em uma coletiva com a imprensa realizada ao lado do prefeito eleito Sandro Mabel (UB) e que apresentou o médico intervencionista, além do novo secretário da Saúde da Prefeitura de Goiânia, Luiz Pellizzer.

“A estrutura do gabinete de crise é usada para avaliação, para decisão e para controle e monitoramento de todas as decisões. O que a gente espera é que havendo a intervenção e sanando a questão das contas, esperamos que no início do mês de janeiro possamos desmobilizar os gabinetes de crise, com a nova gestão do prefeito eleito Sandro Mabel”, destacou Rasível dos Reis.

Ele apresentou um balanço das ações conduzidas pelos gabinetes de crise, que têm trabalhado para atender a demanda reprimida nas unidades de saúde de Goiânia. Nos últimos dias, foram internados 650 pacientes das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Centro de Atenção Integrada à Saúde (CAIS) e Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams). Desses, 433 foram direcionados a hospitais estaduais e 217 a hospitais contratados pelo município.

A atuação garantiu que, no período, nenhum paciente aguardasse mais de 24 horas por vaga em terapia intensiva, sem registros de judicializações ou óbitos enquanto aguardavam internação. “Essa é uma grande vitória do trabalho conjunto entre estado, município e a comissão de transição do prefeito eleito”, afirmou o secretário.

Apesar dos avanços, Reis ressaltou que a morosidade em processos administrativos, como o pagamento de serviços de home care e combustíveis para ambulâncias, além de deficiências no abastecimento de medicamentos e na higienização das unidades, ainda é um desafio. Essas dificuldades justificaram a intervenção na saúde municipal, que permitirá decisões mais ágeis e assertivas.

“A intervenção dará ao interventor e à equipe de apoio a autonomia necessária para implementar as ações determinadas pelos gabinetes de crise, com foco no paciente e na eficiência do atendimento”, explicou. A equipe de apoio inclui procuradores, controladores e um delegado de polícia, além do interventor Márcio de Paula Leite, que já está à frente do processo.