Segunda-feira decisiva para PMDB
A legenda terá que definir hoje o calibre do chute se desejar chegar competitiva na disputa de outubro.
Os peemedebistas terão três dias intensos a partir desta segunda-feira. Na quarta-feira, 11/06, deve ocorrer ou não o lançamento do nome de Iris Rezende ao governo de Goiás.
A legenda terá que definir hoje o calibre do chute se desejar chegar competitiva na disputa de outubro.
Até agora o PMDB tem apenas indicativos: chances de Vanderlan Cardoso (PSB) declinar sua candidatura e disputar a vice com o PMDB e um remoto, mas possível dialogo com Friboi. Outro indicativo é de que o partido estará unido durante a disputa, o que parece pouco provável devido o adiantado da hora.
Nesta manhã de segunda-feira, 9/6, está marcado encontro do ex-prefeito Iris Rezende com integrantes do grupo de Friboi não com o empresário, que já se afastou de Goiás.
Em pauta: a adesão destes peemedebistas ao projeto de Iris. O grupo vai ouvir o que Iris propõe para cada um dos integrantes.
O grupo de Friboi é aquele que se uniu em torno do empresário, que teve ou terá apoio financeiro para suas disputas proporcionais. Trata-se de um grupo de quase 50 pessoas dentro da sigla que efetivamente decide os rumos do PMDB, mas que segue as orientações do empresário.
Esse grupo tem deixado acontecer intencionalmente algo grave: a debandada de lideranças peemedebistas para o projeto de reeleição do maior adversário, a base aliada do governador.
O PMDB tem visto acontecer inerte a inédita migração de prefeituras para a base de apoio do governador Marconi Perillo (PSDB), possível adversário no processo eleitoral que se inicia no final do mês.
Iris começa esta manhã de segunda-feira, portanto, da mesma forma que a última semana: não é pré-candidato. Se sentir clima de traição ou de falta de empenho, ele pode abandonar o projeto de disputar as eleições.
E aí sim existe a hipótese mais inédita ainda: o PMDB não ter candidato para as eleições de outubro. Neste caso, a tendência seria aquela apontada por Maguito Vilela: liberar a militância.
CHANCES
O veterano peemedebista está computando nos últimos dias os fatores viabilidade da disputa (chances), gastos de campanha e perspectiva de entrosamento dentro do PMDB.
Iris tem confidenciado a outro veterano do partido que está se sentido estrangeiro dentro de uma legenda que fundou em Goiás.
O PMDB enfrenta os maiores dilemas de sua história:
a) Dos 57 prefeitos existentes, 13 já declararam apoio à base governista de Marconi Perillo.
b) A sigla nunca demorou tanto para entrar numa disputa
c) Faltam recursos financeiros do lado de Iris Rezende, que evita tirar dinheiro do próprio bolso
d) Partido é o oposto da base aliada. Enquanto de lá faltam espaços, do lado do PMDB a vice e vaga de Senado estão vagas.
e) O partido não tem um plano de governo a menos de 25 dias para o depósito do mesmo no Tribunal Regional Eleitoral (TRE)
E a desmotivação dos prefeitos, por exemplo, não é por outro motivo: falta de cuidado. Como no relacionamento humano, quando o parceiro deixa de atender a parceira, o PMDB se esqueceu de alguns dos seus prefeitos.
Eles reclamam falta de acesso à Iris Rezende e dificuldade de comunicar com a Executiva.
Como estão no interior, eles acabam tendo mais contato com o governador Marconi Perillo, que visita os municípios e repassa recursos, do que com os peemedebistas.
Ailton MInervino (PMDB), prefeito de Turvelândia, confidenciou ao MAIS GOIÁS que sente o “PMDB apático e sem diálogo”.
Desta forma, não restaria alternativa a não ser se juntar a outros grupos.