POSSIBILIDADE

Sem partido, deputada Tabata Amaral pode ir para o PSB

Encontro com diretoria do partido ocorre na semana que vem, segundo site

Tabata Amaral declara apoio ao ex-presidente Lula (Foto: Divulgação)

Fora do PDT, a deputada federal Tabata Amaral pode ir para o PSB. Na próxima semana, ele se reúne com a diretoria da sigla, que tem o goiano Elias Vaz como presidente estadual, para tratar do assunto.

A informação é do site Poder 360. Segundo o site, o encontro ocorre na terça-feira (17) ou quarta-feira (18), com o presidente nacional Carlos Siqueira, além dos presidente do diretório de SP, Márcio França, e o namorado de Tabata, o prefeito de Recife João Campos – que teria sugerido a filiação.

Polêmicas de Tabata Amaral

Vale lembrar, Tabata foi muito criticada pela esquerda – que inclui o PSB e o antigo partido, o PDT – por votos favoráveis na reforma da Previdência e na privatização dos Correios. Na proposta de emenda à Constituição (PEC) do Voto Impresso, contudo, ela foi contrária.

“Esta é uma questão extremamente necessária e urgente que requer muita coragem para ser enfrentada. Se nada fosse feito, daqui a sete anos, oito de cada dez reais do orçamento público estariam indo para a Previdência. Isso é menos dinheiro para educação, saúde e segurança”, disse a parlamentar por em vídeo publicado, à época da votação em segundo turno da reforma da Previdência.

Reforço ao PSB

Caso se concretize a filiação de Tabata Amaral, o PSB ganha um terceiro reforço, após a chegada do governador do Maranhã Flávio Dino (que deixou o PCdoB), e o também deputado federal Marcelo Freixo (ex-Psol). Ambos se filiaram em junho.

O Mais Goiás tentou contato com o deputado Elias Vaz por telefone e também por meio de sua assessoria para saber a posição dele sobre a possibilidade de filiação da colega de Câmara. O portal, contudo, não conseguiu retorno.

Voto Impresso

Como antecipado, diferente dos votos favoráveis à reforma da Previdência e da privatização dos Correios, Tabata Amaral foi contrária a PEC do Voto Impresso. Ela comemorou o resultado no Twitter.

Voto impresso derrubado! Que os mesmos que votaram contra a PEC agora se unam para dar um recado claro: ou o presidente coloca um ponto final nessa discussão ou o Congresso irá agir para colocar um ponto final nesse governo.”

Sobre a PEC derrubada

Defendida fielmente por Jair Bolsonaro (sem partido), a PEC chegou a ser rejeitada na Comissão em que era analisada. Foram 22 votos contra 11, dos que eram a favor. Para o relator, deputado Raul Henry (MDB), não havia justificativa para a pauta.

“A população brasileira, depois de 25 anos da utilização da urna eletrônica, reconhece e testemunha a conquista que ela representa. Diferentemente do período em que o voto era em papel, não há nenhuma confirmação de uma única fraude nesse período”, concluiu o parlamentar.

Entretanto, o presidente da Câmara, Arthur Lira (DEM) decidiu dar sobrevida ao projeto e levou a proposta para o plenário da Casa na última terça-feira (10). Se fosse aprovada, passaria ser obrigatória a impressão de um tipo de cédula pela urna eletrônica e depositada num recipiente, durante as votações. Como justificativa, Bolsonaro discursava que havia necessidade do voto impresso para se evitar “fraudes nas urnas eletrônicas” o que, de acordo com o mandatário, já aconteceu. No entanto, Bolsonaro não chegou a apresentar provas para tais denúncias.

No final da votação realizada na última terça, Arthur Lira disse que o assunto do voto impresso está “encerrado” e que é preciso “baixar a temperatura” para a retomada dos debates. Lira também disse que espera que Bolsonaro aceite o resultado da votação.

“Nós trabalhamos para dar um ponto final nessa situação. O esticar das cordas, no meu entender, passou de todos os limites. Temos que trazer para a normalidade”, disse, em entrevista à Globo News, após a sessão.