Senador Canedo: mil pessoas ficam sem acessos a serviços de saúde, após MP suspender ação
Aproximadamente mil pessoas foram impedidas de ter acesso à serviços relacionados à saúde como ultrassom…
Aproximadamente mil pessoas foram impedidas de ter acesso à serviços relacionados à saúde como ultrassom de mama, odontologia, aferição de pressão, testes de glicemia, além de orientações jurídicas com a recomendação do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), de impedir a realização do programa “Saúde nos Bairros”, previsto para ocorrer no último domingo (9), em Senador Canedo realizado pelo deputado estadual Júlio Pina e organizado pela médica Dra. Cristiane Pina, ambos do Solidariedade. A informação foi levantada pelo próprio parlamentar que lamentou a decisão.
O evento ia para a 18ª edição e era realizado desde 2017, mesmo antes do primeiro mandato de Júlio Pina, além de ter passado e beneficiado moradores de diversas cidades do estado, como Goiânia, Niquelândia e Mimoso de Goiás. Além dos serviços de saúde, a organização oferece atendimento jurídico, auxílio contábil como abertura para Micro e Pequena Empresa, corte de cabelo e até orientação veterinária. Em outro campo de atendimento, havia até a possibilidade de cursos gratuitos além de processo seletivo para vagas de emprego.
A organização do evento decidiu acatar a recomendação. Entretanto, centenas de pessoas estavam no local e deixaram de ser atendidas pela equipe liderada pela médica Cristiane Pina. “Vim de longe para ser atendida e vou voltar pra casa triste com esse acontecimento”, desabafou uma senhora. Uma mãe levou seu filho para realizar um exame psiquiátrico que se arrasta desde 2020. Voltou para a casa frustrada.
Dra. Cristiane Pina vê motivações políticas por trás da decisão do Ministério Público. “Infelizmente, por conta dessas pessoas que mandam em Senador Canedo há mais de 35 anos, essa família não vai conseguir o seu benefício, que é um direito dele. Temos direito à saúde e educação na Constituição. Esse direito está sendo cerceado por essas pessoas”, lamentou.
O deputado estadual Júlio Pina não vê outra coisa senão perseguição diante da atuação da esposa. O parlamentar lamentou todo o contexto. “Infelizmente, não pudemos realizar o evento, não por falta de profissionais, mas porque recebemos um mandado do Ministério Público, que nos impediu de seguir com a ação, sob pena de uma multa de 200 mil reais. É um evento que realizamos há mais de seis anos e nunca tivemos problemas”.
Julio Pina lamentou ainda o que chamou de perseguição. “Essa decisão, que nos parece uma clara perseguição, está impedindo que prestemos o cuidado necessário àquelas que tanto precisam. Lamentamos profundamente por todos que foram afetados por essa situação”.