Política

Senador reconhece necessidade da PEC da Previdência, mas cita outros problemas urgentes

Apesar de aprovada em definitivo na última quarta-feira (23), a proposta de emenda à Constituição…

Apesar de aprovada em definitivo na última quarta-feira (23), a proposta de emenda à Constituição (PEC) 6/2019, ou reforma da Previdência, só deve ser promulgada até 19 de novembro. Decisão já havia sido adiantada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM). Ao Mais Goiás, o senador Vanderlan Cardoso reconheceu a necessidade da PEC, mas falou, também, de outras preocupações ainda mais urgentes.

“A Reforma da Previdência era mais do que necessária, visto que ainda em 2018 o país já estava com um déficit de R$ 290 bilhões e esse valor só vem aumentando. Nessa velocidade, já em 2020 o Brasil correria sérios riscos de entrar em recessão com consequente queda no PIB, alta na taxa Selic, que poderia ultrapassar os 18% em 2023 e um aumento ainda mais acentuado do desemprego, que hoje já supera os oficiais 13 milhões de pais e mães de família.”

Apesar de celebrar a aprovação da matéria, Cardoso ainda não está totalmente otimista. “Já mostrei no Senado Federal que, embora necessária, temos outras questões mais importantes que deveriam ter sido resolvidas primeiro”.

Urgente

Para ele, o mais urgente é a redução da Dívida Pública, que chegou ao maior nível da história. “Bateu os R$ 4,074 trilhões, mas se considerarmos a dívida bruta do Governo Geral, que engloba a dívida das esferas Federais, Estaduais e Municipais, ultrapassa R$ 5,6 trilhões”, diz.

O goiano ainda citou a reforma Tributária. Segundo ele, esta precisa vir com redução de juros e burocracias, que retiram o dinheiro do bolso do trabalhador. E, também, o pacto federativo, com uma melhor distribuição de riquezas entre União, Estados e municípios.

Sobre este último, ele explica que, hoje, a União fica com aproximadamente 60% de toda riqueza do país. “Os estados ficam com 25% e os municípios com apenas 15%. É uma pirâmide completamente invertida. E ainda temos a reforma administrativa para melhorar a gestão pública e tornar a máquina do governo mais barata para o contribuinte.”

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