Congresso

Senadores de Goiás defendem manutenção do veto que limita gestão do Congresso sobre Orçamento

Objetivo da proposta vetada na presidência é passar R$ 30 bilhões do Orçamento que seria do Executivo para o Legislativo

Apenas um senador goiano votou contra projeto que enfraquece Lei de Improbidade Administrativa (Fotos: Divulgação)

Os três senadores goianos irão votar pela manutenção do veto 52, que deve ser apreciado nesta terça-feira (3), em sessão conjunta. Luiz do Carmo (MDB), inclusive, postou em suas redes sociais, ser favorável à manutenção do veto parcial do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que trata do orçamento de R$ 30 bilhões, conforme aprovação no Congresso, seria controlado pelo Legislativo. “Cabe ao Executivo fazer a gestão dos recursos”, escreveu.

O Mais Goiás tentou contato com o senador Jorge Kajuru, mas não obteve sucesso. Porém, em seu Twitter tinham diversas postagens em apoio ao veto 52. Além disso, no site Mapa pela Manutenção do Veto 52 ele aparece como a favor de manter. A posição de Vanderlan em relação à manutenção também foi confirmada pela sua assessoria de imprensa. “Vota com o governo Bolsonaro”, informou a comunicação.

Na Câmara, são precisos 257 votos “sim” para manter o veto do presidente. No Senado, 41. De acordo com reportagem do Correio Braziliense, os senadores que votariam pela manutenção já somam, pelo menos, 44.

De acordo com a matéria, o grupo de 22 senadores de partidos distintos, “Muda Senado”, revelou que iria manter o veto. Além disso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), parte desse colegiado, informou ao jornal que outros 22 votos, sendo 12 do MDB e 10 do PSD, já estariam garantidos.

Repercussão

Vale destacar que este veto ocupou os destaques do Twitter. Às 15h30 eram cerca de 77,3 mil tuites para a hashtag #Veto52VotoSimAberto. Destaca-se que este veto parcial do presidente Jair Bolsonaro é sobre o orçamento impositivo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020.

Ele trata do controle dos aproximadamente R$ 30 bilhões de recursos do Congresso, que seriam controlados pelo Executivo, além de prever regras para pagamentos de emendas parlamentares, prazos e até punições ao governo, em caso de descumprimento, que foram retiradas pelo gestor federal.

Veto derrubado

Se o veto for derrubado, o Congresso vai controlar R$ 30 bi de recursos em emendas parlamentares para distribuir em verbas de Estados e municípios. A polêmica sobre essa matéria ganhou força após vazar um áudio do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, que chamava os parlamentares de chantagistas.

“Externei minha visão sobre as insaciáveis reivindicações de alguns parlamentares por fatias do orçamento impositivo, o que reduz, substancialmente, o orçamento do Poder Executivo e de seus respectivos ministérios”, chegou a justificar o ministro no Twitter.

Anteriormente, parlamentares alinhados com o governo já tinham utilizado a hashtag #Veto52 pela manutenção do veto do presidente. O complemento, VotoSimAberto, é para que a votação ocorra de forma nominal – ou seja, para que se saiba quem é contra e quem é a favor da manutenção. A deputada Carlas Zambelli (PSL-SP), foi uma das que levantou a tag, ainda na manhã desta terça-feira. “É hoje. Bora subir, robozada? #Veto52VotoSimAberto.”

Vale destacar que, se a Câmara manter o veto, este não precisa passar pelo Senado.