MANIFESTAÇÃO

Servidores públicos federais de Goiás realizam novo ato por recomposição salarial

Segundo presidente de sindicato, governo federal só beneficiou carreiras militares

Servidores públicos federais de Goiás realizam novo ato por recomposição salarial (Foto: Arquivo - Sint-IFESGO)

Os servidores públicos federais de Goiás realizam uma nova manifestação, em Goiânia, nesta quinta-feira (19), para garantir o reajuste salarial da categoria em 19,9%. O ato tem organização do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação do Estado de Goiás (Sint-IFESGO), juntamente com o Fórum Goiano em Defesa de Direitos, Democracia e Soberania, além de outras entidades sindicais.

Vale lembrar, a categoria realizou uma manifestação pela recomposição salarial no fim de abril. O ato, como o desta quinta, é de caráter nacional. O evento está marcado para às 9h, em frente à Agência Central do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) da capital, no centro.

Na pauta, os servidores pedem o reajuste do salário, que está defasado há cinco anos, conforme a categoria. Segundo o Sint-IFESGO, mesmo com as perdas próximas de 20% só na atual gestão, o governo ofereceu 5% de reajuste. O valor não é aceito pelos profissionais e as negociações não avançaram.

O coordenador-geral do sindicato, Fernando Mota, afirmou ao Mais Goiás que o governo Bolsonaro só contemplou algumas carreiras militares e realizou promessas a outras forças de segurança. “Os demais estão com seus salários congelados desde o início da gestão”, apontou. “Alguns, como nós da educação, desde antes. A última que conseguimos foi em 2015.”

Proposta

A proposta de aumento linear de 5% a todos os servidores federais custaria R$ 6,3 bilhões neste ano, segundo o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, no fim de abril. A expectativa dele é que, até o final deste mês, a decisão seja tomada para que o Congresso aprove, em até junho, as alterações no Orçamento da União.

Depois da aprovação, ainda será necessária uma medida provisória para efetivar os reajustes. Diversos segmentos do funcionalismo, como citado, seguem mobilizadas contra o valor, que consideram muito abaixo das perdas. Os servidores do INSS, inclusive, estão paralisados há cerca de um mês.