AUXÍLIO-DIESEL

Sindicato de caminhoneiros de Goiás reafirma apoio a greve e chama auxílio de “esmola”

"Queremos a nossa conquista. A lei do piso mínimo. Não atendendo, vamos ter greve, mesmo", diz Vantuir Rodrigues

Sindicato e fórum goiano dizem que maioria dos caminhoneiros estão em casa (Foto: Pixabay)

Os caminhoneiros de Goiás também podem entrar em greve, apesar do auxílio-diesel. O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Goiás (Sinditac), Vantuir Rodrigues, afirma ao Mais Goiás que se a lei do piso mínimo do frete não for atendida, o setor vai parar no dia 1º de novembro.

A matéria é uma das principais pautas dos caminhoneiros, sendo uma das principais conquistas do setor depois da greve de 2018. Contudo, ela é questionada e descumprida por empresas.

Essa lei surgiu da medida provisória 832/2018 do então presidente Michel Temer (MDB) e foi convertida na lei 13.703/2018. Dentre outras coisas, ela cria critérios conforme o tipo e peso da carga para colocar o preço mínimo para transporte.

“Queremos a nossa conquista. A lei do piso mínimo. Não atendendo, vamos ter greve, mesmo”, declarou Vantuir. Questionado sobre o auxílio-diesel, que teve anúncio pelo presidente Bolsonaro, na quinta (21), o sindicalista foi contundente: “Não queremos esmola.”

Auxílio-diesel

Nesta quinta, durante a cerimônia de inauguração de um ramal da obra da transposição do Rio São Francisco, Bolsonaro anunciou o pagamento de um auxílio para 750 mil caminhoneiros e destinado a compensar o aumento do óleo diesel. O presidente não esclareceu de onde virá o dinheiro, mas seria um subsídio de R$ 400 de dezembro deste ano a dezembro de 2022.

Mas mesmo com anúncio, os caminhoneiros mantém a greve prevista para 1º de novembro, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL). “Caminhoneiros não querem esmola, querem dignidade.”

“Caminhoneiro não faz nada com R$ 400, com diesel na média de R$ 4,80. Os R$ 400 propostos pelo presidente não atendem as demandas dos caminhoneiros. Manteremos nossas demandas e greve em 1º de novembro”, afirmou Wallace Landim, conhecido popularmente como Chorão, ao Metrópoles.

Adesão à paralisação

Estima-se que a paralisação terá adesão de 70% do setor. O movimento é coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística, pelo Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e pela Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava).

Embora se articule a greve geral da categoria para o dia 1º, transportadores de combustíveis de seis estados já estão parados desde a meia-noite desta quinta-feira (21). Os trabalhadores exigem a redução dos preços do diesel, gás de cozinha, da gasolina e de outros derivados do petróleo.

categoria pede ainda o alinhamento e a redução de impostos federais e estaduais, uma vez que alegam que governos estaduais e federal transferem a responsabilidade pela alta dos preços uns aos outros, mas não reduzem os valores, deixando as empresas no prejuízo.