‘Só tem em cima da direita’, diz Bolsonaro sobre ação da PF contra Gayer
"É sempre o mesmo ministro", se referiu a Alexandre de Moraes
Com Domingos Ketelbey
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) minimizou a ação da Polícia Federal contra o deputado Gustavo Gayer (PL), na última sexta (25), enquanto acompanhava o candidato à prefeitura de Goiânia Fred Rodrigues (PL), neste domingo. “Só tem em cima da direita”, disse neste domingo (27).
Segundo Bolsonaro, o dinheiro encontrado com um assessor de Gayer era de uma “senhora que alugava imóveis”, enquanto “a questão da verba” era de antes de o goiano ser deputado federal. “Não precisa de explicação.”
Para o ex-presidente, esse tipo de ação “só tem em cima da direita” e “não está colando mais”. “É sempre o mesmo ministro”, se referiu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Sobre a ação, o parlamentar foi alvo de uma operação da Polícia Federal por supostamente liderar um grupo suspeito de desviar recursos públicos oriundos de cota parlamentar e de falsificar documentos para criação de Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Ao todo, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão. Na ocasião, os policiais apreenderam o celular do parlamentar. Eles também encontraram R$ 72 mil com um assessor do deputado federal.
Posição de Gayer
Depois de ter sido alvo de operação da Polícia Federal nesta sexta-feira, o deputado federal usou as redes sociais para se pronunciar e disse que “nunca cometeu nenhum crime”. “Eu nunca fiz nada de errado. Nunca cometi nenhum crime, mas estou sendo tratado igual um criminoso pela Polícia Federal e pelo Alexandre de Moraes [ministro]”, disse Gayer.
Sobre o dinheiro, Gayer explicou que o valor é da mãe do assessor. Uma senhora que “não confia em bancos.