Solidariedade a Caiado e redução no preço dos combustíveis pode ter impacto na pesquisa, diz cientista político

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) teve um crescimento nos levantamentos de intenção de votos da Goiás Pesquisas/Mais Goiás de junho para julho. Na primeira rodada, o governador apareceu com 30,82% e na atual, 36,05%. Para o ex-professor da UFG e cientista político Itami Campos, o crescimento pode ter relação o luto do gestor, que perdeu o filho Ronaldo Filho no começo do mês, mas também pela redução dos combustíveis.

“De certo modo, esse sentimento de solidariedade é importante nesse cenário. Além disso, o governador voltou a se rearticular depois de alguns dias, o que faz parte da pré-campanha”, avalia. Em relação aos combustíveis, ele cita que o custo de vida anda muito alto e qualquer redução impacta no popular.

Vale lembrar, a queda no preço dos combustíveis ocorreu após o presidente Bolsonaro (PL) sancionar, em 23 de junho, a lei que instituiu um teto de ICMS para combustíveis e outros itens. Em Goiás, Caiado anunciou a redução da alíquota em 27 de junho.

Para o cientista político, é possível que na campanha os números se modifiquem. “Mas só quando começar para saber.” Atualmente (até dia 5 de agosto) Goiás e o País está no período de convenções, quando os candidatos serão oficialmente definidos.

Pesquisa

A segunda rodada da Goiás Pesquisas/Mais Goiás mostra Caiado na liderança do primeiro turno com 36,05%. Ele é seguido pelo pelo ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha (Patriota) que tem 19,12% e o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) com 13,89%.

Completam a lista: o deputado federal Vitor Hugo (PL), com 11,08%; o ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás Womir Amado (PT), 4,14%; o empresário Edigar Diniz (Novo), 2,44%; a cientista social Cíntia Dias (PSOL), 1,58%; e a professora Helga Martins (PCB), 0,61%. Branco/nulo representam 2,68%. Não souberam responder, 8,40%.

Metodologia

A Goiás Pesquisas ouviu 821 eleitores com 16 anos ou mais no Estado. Deste montante, 47,4% forma do sexo masculino e 52,86% feminino. Em relação a escolaridade, 36,05% disseram ter até o ensino fundamental; 43,48% ensino médio completo ou incompleto e 20,46% ensino superior completo ou incompleto.

Ela foi realizada de 19 a 20 de julho “através de entrevistas telefônicas por meio de ligações automatizadas para telefones fixos e celulares (sistema URA – Unidade de Resposta Audível – reversa), com base em questionário estruturado”.

A margem de erro é de 3,42 pontos percentuais para mais ou para menos. O intervalo de confiança estimado é de 95%. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob os números BR-08126/2022 GO-00832/2022.