ELEIÇÕES

“Sou educado e não serei um candidato que chuta portas”, afirma Wolmir Amado

Podem esperar de mim um homem que não seja agressivo, que trate as coisas na política com respeito", diz Wolmir Amado em entrevista

Wolmir Amado (Foto: Redes sociais)

Os nove anos em que estudou em seminários capuchinhos não deixam dúvidas: o estilo do pré-candidato a governador de Goiás pelo PT Wolmir Amado é diferente daquele que consagrou alguns dos campeões de voto nas eleições de 2018, com o presidente Jair Bolsonaro (PL). Na manhã desta segunda-feira (4), em entrevista à rádio Sagres, Wolmir afirmou que não se envolverá em discussões em envolvam ataques pessoais e o eleitor não deve esperar dele que seja um candidato que “chuta as portas”.

“Procuro ser educado. Não faço ataques pessoais às pessoas, não as ataco em sua intimidade. O adversário merece respeito como pessoa. Quem eventualmente quiser um candidato que chute a porta, terá outras opções para escolher”, afirma Wolmir, que durante quase 20 anos foi reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás). “Podem esperar de mim um homem que não seja agressivo, que trate as coisas na política com respeito, dignidade e acolhida a todos os demais, inclusive os adversários”.

PT e PSDB

Wolmir afirma que, a despeito da resistência de uma parcela do partido à ideia de compor com o PSDB do ex-governador Marconi Perillo, o diálogo é possível.

“É possível que haja diálogo. Dependerá de diálogo do PSDB e do GTE [Grupo de Trabalho Eleitoral, criado no âmbito do PT nacional], obviamente junto do presidente Lula. Aliança pode existir, desde que ela seja nacional. Agora, claro que temos um histórico de que foi sempre tensionado, entre PT e PSDB. Mas os tempos são outros, e pode se reconstruir isso”, disse Wolmir, na entrevista. “Claro que isso não é fácil de ser construído, mas é possível”.

O ex-reitor afirma que, para que qualquer acordo com outros partidos avance, é preciso que se atendam dois critérios. “Em primeiro lugar está a questão do apoio à candidatura do presidente Lula, do qual não abrimos mão. Em segundo lugar, é preciso que compartilhemos do mesmo conteúdo programático. Nós defendemos o desenvolvimento social e ambiental, além da econômico”.