STF quebra sigilo bancário de empresários suspeitos de defender golpe
Ministro Alexandre de Moraes determinou operações de busca e apreensão contra os envolvidos
Além de autorizar operações de busca e apreensão em endereços ligados a empresários suspeitos de compartilhar mensagens golpistas em um grupo de WhatsApp, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou também a quebra de sigilos bancário e telemático dos alvos.
Os mandados foram cumpridos por agentes da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará.
Entre os alvos estão Luciano Hang, da Havan, José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José Koury, do Barra World Shopping, André Tissot, do Grupo Sierra, Meyer Nigri, da Tecnisa, Marco Aurélio Raymundo, da Mormaii, e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu.
Em uma das mensagens reveladas pelo portal, o empresário José Koury diz preferir um golpe à volta do PT e que “ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil” caso o país vire uma ditadura.
André Tissot, do grupo Sierra, em outra postagem disse que “o golpe teria que te acontecido nos primeiros dias de governo. “[Em] 2019 teríamos ganhado outros dez anos a mais”, afirmou.
Koury, segundo o Metrópoles, também chegou a sugerir o pagamento de bônus a funcionários que votassem seguindo a indicação dos empresários. A possibilidade foi alvo de comentário de Marco Aurélio Raymundo, da Mormaii, que lembrou a possibilidade de a proposta configurar compra de votos.