MERCADORES DO CAOS

STJ decreta prisão preventiva de Pastor Everaldo no Rio de Janeiro

Alvos da operação Mercadores do Caos, do Ministério Público do Rio, foram colocados em liberdade

Pastor Everaldo, cuja prisão foi decretada pelo STJ (Foto: Divulgação)

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves decretou a prisão preventiva do Pastor Everaldo (PSC) e determinou a soltura de outros alvos que haviam sido presos a pedido do Ministério Público do Rio, na Operação Mercadores do Caos.

Alvo de prisão temporária no último dia 28, o Pastor Everaldo teve a prisão convertida para preventiva (sem prazo), após a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter apontado indícios de gravidade e contemporaneidade nos crimes dos quais ele é suspeito. Ele é acusado de comandar um dos núcleos da organização criminosa montada no governo fluminense e de receber propina proveniente de contratos do governo.

Além disso, a PGR apontou que ainda analisa o oferecimento de nova denúncia contra os alvos presos na Operação Mercadores do Caos, deflagrada pelo MP do Rio, por isso não seria necessário manter a prisão deles por enquanto.

Com base nisso, o ministro Benedito Gonçalves autorizou a soltura do ex-subsecretário de Saúde do Rio Gabriell Neves, de dois ex-funcionários subordinados a ele, Gustavo Borges e Carlos Frederico, dos empresários Cinthya Silva Neumann e Maurício Monteiro da Fontoura, dentre outros alvos que estavam presos.

Procurada para comentar, a defesa do Pastor Everaldo afirmou em nota: “Pastor Everaldo está sendo alvo de uma delação mentirosa.Ele reitera que sempre esteve à disposição das autoridades. Prova disso é que, no dia 19/8, antes de ser preso, pediu formalmente ao STJ para ser ouvido. O pastor reafirma sua inocência, confiança na Justiça e fé em Deus”.O PSC afirmou que “considera desnecessária a prisão do Pastor Everaldo, um cidadão que sempre esteve à disposição das autoridades”.

O advogado Carlo Huberth Luchione, que defende o casal Maurício Fontoura e Cinthya Neumann, afirmou que “a decisão foi justa e acertada pois o ministro demonstrou serenidade em decidir sem a influência de fatores externos em caso de tanta repercussão social”. Os demais não comentaram.