Suposto estelionatário que se passava por filho de deputado federal é preso
O filho do deputado explicou ao Mais Goiás que há cerca de um ano várias vítimas procuravam o pai dele com diferentes denúncias. A mãe de Thiago teria, inclusive, recebido um telefonema com ameaça de morte ao filho
Um homem que se passava por filho do deputado federal João Campos (PRB) foi preso em Goiânia na tarde desta terça-feira (20). Tiago Henrique Borges Jacob de Souza é acusado do crime de estelionato teve a prisão preventiva decretada pela 10ª Vara Criminal da capital. As informações são da Polícia Civil.
Ele tem o mesmo nome do filho do deputado federal e se aproveitaria disso para aplicar diferentes tipos de golpes em Goiânia. João Campos e o filho, Thiago Campos, participaram de uma audiência na 3ª Vara, em Goiânia, como testemunhas do caso. O suposto estelionatário foi preso logo em seguida.
O filho do deputado explicou ao Mais Goiás que há cerca de um ano várias vítimas procuravam o pai dele com diferentes denúncias. A mãe do homem teria, inclusive, recebido um telefonema com ameaça de morte ao filho. “Tem um ano que vinham nos procurando para falar sobre isso. Várias vítimas passaram a procurar o meu pai, chegaram a ligar em Brasília, outras foram pessoalmente ao escritório dele. Alguns até ameaçaram”, afirma Thiago, que é o Campos e não o Jacob.
Os principais golpes envolviam veículos roubados, furtados e com restrição administrativa. É o que explica o delegado André Botesini, que solicitou a prisão preventiva. “Ele afirmava que sua condição de filho de um deputado federal lhe conferia condição privilegiada de acesso dentro do Detran para empreender ações como liberação de veículos apreendidos e diminuição de pontos de CNHs”, explica o delegado. Botesini é titular da 13ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP), onde fora instaurada a maior parte dos inquéritos contra Thiago.
O filho do deputado complementa: ele prometia comparar habilitação, tirar pontos, quebrar multas, tirar carros, intermediava compra e venda de veículos e sumia com o veículo. “Até porte de armas ele dizia que facilitaria”, disse Campos.
Ele também contou ao Mais Goiás o caso de uma médica, que teria vendido o carro a ele e nunca recebeu. Thiago ainda explica que o seu xará cobrava entre R$ 1 e R$ 4 mil, dependendo do “serviço”.
O preso também teria entrado com pedidos de aposentadoria no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e liberações de porte de arma. O delegado adiantou que um advogado já o procurou para informar a existência de 12 a 15 vítimas do suposto estelionatário. Essas pessoas ainda não foram até a delegacia para a instauração de mais procedimentos legais.