CPI DA COVID

Teich diz que deixou Saúde por não ter autonomia nas decisões

O depoimento do ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, à CPI da Covid adentra a tarde…

O depoimento do ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, à CPI da Covid adentra a tarde desta quarta-feira (5) no Senado Federal e o médico já destacou pontos sobre o fez sua passagem ser relâmpago dento da pasta federal. Um dos pontos foi a discrepância com o presidente Jair Bolsonaro sobre a indicação e utilização da cloroquina.

Teich disse que deixou o cargo por não ter autonomia no cargo. “Sem liberdade para conduzir o ministério de acordo com as minhas convicções, optei por deixar o cargo”, afirma o médico.

“Na minha função como ministro, tendo autonomia, obviamente eu iria trabalhar o distanciamento, todos os mecanismos de proteção. O presidente podia ter as atitudes dele, mas a minha postura seria buscar tudo o que fosse importante para a sociedade […] A ideia era que a gente tivesse um programa nacional, de uma conduta homogênea”, destaca.

O ex-ministro também afirmou que não tinha conhecimento que o Exército estava fabricando o medicamento e nunca foi consultado pela distribuição do mesmo. “Eu não participei disso. Se aconteceu alguma coisa [sobre a produção de cloroquina], foi fora do meu conhecimento. Ali eu tinha uma posição muito clara em relação não só sobre a cloroquina, mas a qualquer medicamento. Não fui consultado […] Do que eu vivi naquele período, a gente nem falava em cloroquina […] Foi um assunto que não chegou a mim, a produção da cloroquina.”

Sobre a atuação de Eduardo Pazuello na pasta, o ex-ministro afirma que  “seria mais adequado'” ter ministro com “conhecimento maior sobre gestão em saúde”.

Teich ainda falou sobre a aquisição de vacinas. “Eu trouxe a vacina de Oxford, da AstraZeneca, pro Brasil, através dos estudos clínicos. Comecei abordagem com a empresa Moderna. Também fiz uma conversa inicial com a Janssen, para iniciar a fase de estudos também.”

A reunião para colher depoimento do ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, foi suspensa por alguns minutos após bate-boca entre os senadores devido à participação feminina no inquérito. Após os ânimos se acalmarem, a sessão foi retomada pelo presidente Omar Aziz.