Política

Terceira via está mais perdida que bêbado no final de open bar

Nomes da terceira via estão numa briga danada para ver quem tem mais chance de ser derrotado em outubro

Doria vê possibilidade de aliança com Moro, em 2022 (Fotos: Agência Brasil)

A terceira via está se movimentando. É João Doria falando de cá, Sergio Moro mostrando ignorância de lá, Simone Tebet dando entrevista aqui, Ciro Gomes palestrando acolá e até Eduardo Leite tentando ressuscitar sua candidatura a todo custo. Briga sem fim. Um verdadeiro cabo de guerra em que cada um puxa para um lado diferente e todos ficam no mesmo local. E esse local é a rabeira nas pesquisas de intenção de votos.

A real é que estamos a praticamente sete meses das eleições e tem nome de sobra para voto de menos nessa terceira via. A soma das intenções de voto dos dois bem colocados dessa coisa amorfa que batizaram de terceira via, Moro e Ciro, não atinge a metade do percentual dos que dizem que votarão em Jair Bolsonaro, o segundo colocado.

Em cenário de normalidade, já teríamos todos esses que se dizem de terceira via colocando a viola no saco e procurando outro rumo pra vida. Mas o Brasil não vive essa tal de normalidade desde que o transe coletivo de 2013 tomou a alma do país.

No momento, não há espaço para alguém ter viabilidade real entre os nomes de Lula e Bolsonaro. São dois líderes inegavelmente populares, super conhecidos do eleitorado, com imagens já consolidadas perante a opinião pública.

O que pode ser usado como argumento para alguém mudar de conceito sobre Lula e Bolsonaro? O que os apoiadores desses dois nomes não sabem a respeito da história deles que pode alterar os rumos da eleição? Confesso que tenho dúvidas para achar respostas a essas perguntas.

O que temos é que 70% do eleitorado brasileiro já escolheu um dos dois na pesquisa estimulada. Na espontânea, modalidade na qual os especialistas consideram que o voto está mais consolidado, a soma de ambos bate 57,2%. Uma enormidade.

Por fim, vale lembrar a história: desde a redemocratização, jamais tivemos um presidente eleito em outubro que não tivesse ao menos 10% das intenções de voto já em janeiro. Só um toque para a enxurrada de nomes sem voto da terceira via: estamos findando fevereiro…

@pablokossa/Mais Goiás | Foto: Agência Brasil