RESPOSTA

Tesoureiro do Pros Goiás sobre acusação de indicação por irmã de desembargador: “Maldade”

O tesoureiro do Pros Goiás Reginaldo Dias Souto se defendeu da acusação de ter sido…

O tesoureiro do Pros Goiás Reginaldo Dias Souto se defendeu da acusação de ter sido indicado pela irmã do desembargador Diaulas Costa Ribeiro, que decidiu favoravelmente à destituição do mandatário Eurípedes Júnior para posse Marcus Holanda na direção nacional. “Maldade de um grupo que não aceita a posse da nova executiva.”

Reginaldo não nega ter gravado um vídeo com João Fernando Costa Ribeiro Dinofre, filho de Raquel Costa Ribeiro – irmã do desembargador – em maio deste ano. Ele, contudo, afirma que não existe nenhuma ligação dele com a família do músico.

“Como locutor de Rodeio, encontro com vários músicos o tempo todo. Em nenhum momento perguntei ao João quem seria sua mãe ou seu pai, e nem pergunto aos diversos músicos que encontro no meu dia-a-dia. Isso não tem nada haver com partido politico.”

Confira a nota do tesoureiro do Pros na íntegra:

“Referente à matéria Publicada no Portal Mais Goiás nessa Quinta, 14 de Julho. Venho em Nota repudiar o fato ligando meu nome a qualquer indicação feita pela Sra. Raquel. Como locutor de Rodeio, encontro com vários músicos o tempo todo. Não existe, qualquer ligação minha com a família do músico João Fernando, e assim como faço com qualquer músico postamos um vídeo sim, que retrata um momento de descontração. Em nenhum momento perguntei ao João quem seria sua mãe ou seu pai, e nem pergunto aos diversos músicos que encontro no meu dia-a-dia. Isso não tem nada haver com partido politico. Trata-se apenas de maldade de um grupo que não aceita a posse da nova executiva, que tem demostrado trabalho desde o primeiro dia de posse. Sigo com meu coração tranquilo e sigo como tesoureiro do partido. Quem plantou essa maldade irá pagar. Confio em Deus e ele sabe de tudo.”

Dhone Rodrigues, presidente estadual do Pros, também se manifestou por nota:

“Uma maldade sem fim, de pessoas que não aceitam que o partido tem nova direção. Estamos trabalhando muito para que nossos filiados retome a confiança no partido, no qual tem muitos membros que não querem. Essa matéria do Mais Goiás mostra claro que isso não passa de membro que não aceita o que estamos fazendo. Reginaldo foi uma indicação minha como presidente. A matéria deveria dar o nome dos contrariados, porque agora temos presidente em Goiás e temos uma executiva que esta trabalhando. Não vou aceitar e admitir qualquer tipo de injustiça. Queremos transparência e antes de qualquer acusação nos procure para que possamos conversar. O partido não vai servir de trampolim pra eleger grupo politico, aqui vamos trabalhar para o crescimento do partido em Goiás. Valorizando todos os nossos candidatos e membros.”

Irmã do desembargador

Vale citar, na última terça-feira (12), a Folha de S.Paulo divulgou a suspeita de um possível acerto de R$ 5 milhões para que o desembargador desse a sentença favorável a Holanda. Esta teria ocorrido por articulação da irmã do magistrado, Raquel Costa Ribeiro, que indicou uma advogada para atuar no caso (Cristiane Damasceno, atual presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada da OAB) – uma vez que ela não poderia aparecer.

Por nota, o desembargador declarou à Folha que nunca recebeu proposta criminosa e que não tem relação com a irmã há duas décadas. Raquel, em um primeiro momento, disse não ter contato com o irmão. Depois, confirmou que teve um encontro com ele, mas negou qualquer irregularidade.

Pros nacional

Vice-presidente do Pros nacional, Amauri Pinho foi advogado até o fim do processo. Ele revela que substabeleceu o caso para Cristiane apenas para que ela pudesse fazer a sustentação oral. De acordo com ele, inclusive, nunca tinha ouvido falar na advogada Raquel. “Juridicamente estamos bem tranquilos. Politicamente acaba abalando…”

Em relação a Goiás, ele afirma que não conhece nem o presidente estadual da sigla Dhone Rodrigues – muito menos o tesoureiro Reginaldo. “Até onde sei, Dhone tem ligação com o ex-governador Marconi Perillo”, revelou sobre o líder da sigla.

Sobre o desembargador, ele afirma que Diaulas é conhecido pela seriedade. “Tenho absoluta convicção que jamais houve qualquer coisa do que é especulado. O próprio Superior Tribunal de Justiça (STJ) já entendeu como prova ilícita essas conversas de WhatsApp, pois podem ter techos apagados e tirados de contexto.” Amauri argumenta, ainda, que antes de “aparecerem esses advogados [Cristiane], o desembargador já tinha feito a minuta do processo”.

O portal também tentou contato com a advogada irmã do juiz, mas não teve sucesso.

A advogada Cristiane Damasceno se manifestou por nota.

“Cristiane Damasceno advoga para Marcus Holanda desde fevereiro e para o Pros desde março. Ela desconhece e repudia os ilícitos citados pela reportagem e, caso comprovados, repudia seu cometimento. Comprovam a prestação dos serviços de advocacia as petições, memoriais, sustentação oral e reuniões com o cliente, desembargadores do TJDFT e Polícia Federal.”