TRE nega pedido de presidente da Câmara de Inhumas e afasta vereadora
O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) negou, em sessão de julgamento realizada nesta terça-feira…
O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) negou, em sessão de julgamento realizada nesta terça-feira (12), o pedido da vereadora de Inhumas, Vireni Vila Verde Alvares da Silva (PROS), relativo à decisão que cassa seu diploma e estabelece sua inelegibilidade por oito anos. A parlamentar assumiu o cargo de Presidente da Câmara Municipal, após o antingo presidente, Gleiton Luiz Roque (PTB), ter sido afastado do cargo por 180 dias.
De acordo com o TRE, Vireni enfrenta vários processos na justiça por corrupção eleitoral e acaba de ser condenada em segunda instância. Com essa decisão, a vereadora deverá ser afastada do cargo e poderá recorrer em terceira instância fora do mandato.
No documento emitido pelo TRE, consta que Virani alegou que as provas apresentadas contra ela não tinham força, uma vez que as testemunhas que comprovam as acusações contra ela são próximas do outro vereador que assumiria o cargo caso ela fosse afastada. Contudo os desembargadores decidiram, por seis votos a zero, negar o pedido da parlamentar.
Durante a sessão, Virani negou também que doou uma cadeira de rodas a uma das testemunhas para garantir votos. Segundo a vereadora, a doação foi feita pela Secretaria de Saúde de Inhumas. Além disso, a parlamentar alegou que duas das três pessoas ouvidas, e que comprovariam seu envolvimento com corrupção eleitoral, são analfabetas e por isso estariam agindo sob orientação de outra pessoa.
O Mais Goiás entrou em contato com a assessoria da Câmara Municipal de Inhumas, que alegou ainda não ter recebido nenhuma orientação sobre o caso e que, por enquanto, Virani não se pronunciaria.
Processos
De acordo com o TRE, o atual presidente, Gleiton Luiz Roque (PTB), está afastado do mandato por 180 dias, e responde por vários crimes, inclusive por tráfico drogas. Já Virani aguarda a conclusão de julgamento em outro processo, no qual cinco desembargadores já votaram em desfavor da vereadora.
Além deles, o primeiro secretário da mesa diretora, vereador Leandro Essado (PMDB) também está afastado por supostamente ter participado em esquema de fraude em licitações. Já o segundo secretário aguarda julgamento em segunda instância por crimes eleitorais.