"Eleições limpas"

TRE promove ação para que partidos se comprometam com limpeza urbana

Documento assinado por siglas e coligações de Goiás visa promover um pleito com menor poluição das ruas com os chamados santinhos e demais materiais gráficos

Para as eleições de 2018, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) elaborou um protocolo com novas especificações sobre a limpeza das cidades durante a campanha. O documento foi assinado por todos os partidos e coligações que concorrem em Goiás na última quinta-feira (23).

“Os partidos políticos, por serem veiculadores da conscientização, de modo geral, deveriam ser os primeiros a se preocupar com um ambiente ecologicamente equilibrado”, afirma o diretor geral do TRE-GO, Wilson Junior.

Ele ainda explicou que a prática de divulgação dos famosos santinhos de forma aleatória, pelas ruas das cidades, já é considerada crime há muito tempo. Contudo, a estratégia da Justiça Eleitoral este ano é alertar os eleitores sobre esse tipo de crime.

“A disseminação desses materiais, o chamado ‘derramamento de santinhos’, é crime há muito. A intenção é que os partidos políticos, as coligações se conscientizem. Nós temos um slogan na Justiça Eleitoral que diz ‘não vote no candidato que você encontrou no lixo’ ”, explica Wilson.

Para fazer denúncias de crimes eleitorais, os cidadãos podem entrar em contato pelo telefone 148. Outra opção é ligar diretamente no Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral) nos telefones 3243-5241/5245. O aplicativo de smartphones Pardal também é uma alternativa. Ele recebeu atualizações no último mês e está apto a receber denúncias.

É importante fazer uma denúncia com o maior número possível de provas: fotos, materiais impressos e até mesmo nome e contato de testemunhas, segundo explica o o procurador regional eleitoral do Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral) em Goiás, Alexandre Tavares.

“Quanto mais concreta, específica e mais elementos ela trouxer, maior chance de êxito o MP vai ter na investigação daquele fato. Quanto mais genérica e menos elementos tiver, muitas vezes até dificulta uma investigação”, alerta.