Única vereadora de Aparecida (GO) quer chegar à Câmara dos Deputados
A única vereadora de Aparecida de Goiânia, Camila Rosa (PSD), quer chegar à Câmara dos…
A única vereadora de Aparecida de Goiânia, Camila Rosa (PSD), quer chegar à Câmara dos Deputados. A parlamentar aparecidense diz que para isso tem um grande desafio pela frente: “convencer as mulheres a votar em mulheres”.
Ela avalia que é preciso romper com o que chama de desequilíbrio nos espaços de poder. “Pois essa condição leva às desigualdades na sociedade e refletem na entrega de políticas públicas referente as mulheres”, diz.
No entanto, aponta que é bem possível ampliar a pouca representatividade feminina de Goiás na Câmara Federal. Na atual legislatura, há apenas Flavia Morais (PDT) e Magda Mofatto (PL) como representantes do Estado no legislativo nacional, eleitas com 169.774 votos e 88.894 votos, respectivamente.
Como Goiás possui 17 cadeiras, a representatividade feminina é de exíguos 11.76%, enquanto a população goiana é composta de 51,8% de mulheres, de acordo com o IBGE.
A baixa representatividade atual não assusta a vereadora, que conta com o trabalho feito em Aparecida e com a força do segundo maior colégio eleitoral de Goiás. “Somente na minha cidade, Aparecida de Goiânia, temos 300 mil eleitores”, alegra-se.
Caso seja eleita a deputada federal, entretanto, a vaga ficará para um homem. O suplente de Camila Rosa é Cláudio Batista (PSD). Assim, como ocorreu com Valéria Pettersen (MDB), que deixou a vaga na Câmara Municipal para assumir a Secretaria de Relações Institucionais de Goiânia e quem assumiu foi o suplente Arnaldo Leite (MDB).
Esta foi a primeira legislatura em Aparecida de Goiânia com duas mulheres eleitas.
Camila Rosa sofreu machismo durante sessão
Em fevereiro, o presidente da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia, André Fortaleza (MDB), cortou o microfone de Camila Rosa após discussão sobre cotas à participação feminina na política.
Após o corte do microfone, a vereadora rebateu: “É isso que fazem com as mulheres na política. É por isso que precisamos procurar nossos direitos. Não é uma questão de correr atrás de cota. A política é um espaço machista. No início da política, como eu disse ontem, só homens brancos e de alto poder aquisitivo. É necessário que nos espaços de poder estejam mulheres, negros, índios e pessoas da comunidade LGBT, que representam essas classes que sofrem a dor do preconceito.”