“Vamos fazer um revogaço dos sigilos que ele criou”, diz Lula sobre Boslonaro
O ex-presidente Lula (PT) disse, nesta manhã de quinta (28), em evento da pela Sociedade…
O ex-presidente Lula (PT) disse, nesta manhã de quinta (28), em evento da pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na Universidade de Brasília (UnB), que revogará os sigilos decretados por Bolsonaro. No começo da tarde, ele reforçou a promessa, no caso de eleito, pelo Twitter.
“Bolsonaro às vezes diz que não tem corrupção no governo dele. Parece que ele não conhece a família que tem. Nós vamos fazer um revogaço dos sigilos que ele criou”, afirmou. Já no evento: “Para toda e qualquer denúncia perto dele, ele, por decreto, decreta sigilo de 100 anos. Por isso, nós vamos fazer um revogaço.”
Vale lembrar, entre outras coisas, o Palácio do Planalto decretou sigilo de 100 anos sobre os encontros de Bolsonaro e os pastores suspeitos de fazerem lobby no Ministério da Educação (MEC); bem como no cartão de vacinação do presidente, quando a imunização contra a Covid-19 começava no País, em janeiro de 2021. A justificativa era que o cartão dizia “respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem”.
Além desse, em julho do ano passado, o governo impôs sigilo de 100 anos sobre os dados dos crachás de acesso de Carlos Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro ao Palácio do Planalto. A medida ocorreu após pedido da revista Crusoé. A justificativa é que os dados tem relação “à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem dos familiares do senhor Presidente da República, que são protegidas com restrição de acesso, nos termos do artigo 31 da Lei nº 12.527, de 2011”. Com isso, não se sabe quantas vezes a dupla foi ao local.
Já o Exército, em junho do ano passado, impôs o mesmo sigilo de 100 anos no processo contra o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que era general da ativa e participou de ato com Bolsonaro, algo vedado aos que não foram para a reserva. O ato em questão ocorreu em 23 de maio.
Em outra situação, após a filha mais do presidente, Laura, conseguiu se matricular de forma excepcional no Colégio Militar de Brasília (sem passar por processo seletivo), foi colocado um sigilo até o fim do mandato de Bolsonaro – esse não foi de 100 anos. A reação ocorreu após pedido da Folha de S.Paulo ao Exército para saber sobre os documentos que levaram à admissão.
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