‘Vamos privatizar tudo, começando pela Petrobras’, diz pré-candidato do Novo
Declaração do cientista político Felipe d'Avila ocorreu em encontro com o empresários da Fiesp nesta quarta-feira
O cientista político Felipe d’Avila (Novo) afirmou nesta quarta-feira que privatizará todas as empresas estatais, a começar pela Petrobras, caso seja eleito presidente da República em outubro deste ano. A declaração se deu em um encontro com o empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
No evento, o candidato do Novo apresentou os cinco pontos cruciais de seu plano de governo. São eles: abertura do mercado de maneira unilateral, preservação do meio ambiente, investimento em educação básica, melhoria da gestão pública e erradicação da miséria extrema no Brasil.
Para d’Avila, é fundamental criar um ambiente de negócios favorável no Brasil. Segundo ele, isso mobilizaria a sociedade civil e pressionaria o Congresso a votar reformas, como a Tributária. D’Avila ainda criticou políticas protecionistas e disse que as pessoas que são favoráveis a elas apenas geram dificuldades para os empreendedores e donos de empresas.
— O principal plano de governo é abrir a economia de maneira unilateral de forma gradual, responsável e consciente para ajudar na reindustrialização no Brasil — disse. — A meta é em quatro anos ser um dos melhores países para se fazer negócio.
D’Avila abriu o evento com um discurso em que criticou o populismo, que relacionou, sem citar nomes, aos dois “principais” candidatos ao pleito, Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o cientista político, o populismo foi o culpado pelo Brasil chegar a uma situação “extremamente ruim”. Ele enxerga a própria candidatura como oposição ao movimento populista de esquerda ou direita.
— Quem defende a democracia não está pensando em uma eleição. É uma questão de honra, de vida. O populismo quer destruir a democracia no Brasil, é por isso que estou nesta campanha — afirmou D’Avila.