SELIC

Vanderlan convida presidente do Banco Central para explicar taxa básica de juros no Senado

Campos Neto deverá ir ao Senado em 4 de abril

PIX com função de cartão de crédito pode ser realidade no fim de 2025, prevê Campos Neto
PIX com função de cartão de crédito pode ser realidade no fim de 2025, prevê Campos Neto (Foto: Agência Brasil)

O senador goiano Vanderlan Cardoso, presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado, convidou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para explicar a atual taxa básica de juros (Selic), em 4 de abril. O requerimento ocorreu nesta terça-feira (14).

Além de Vanderlan, o senador Alessandro Vieira (PSDB-ES) também assina o documento. Vale citar, o texto já estava pronto desde antes do goiano assumir a presidência do CAE.

No requerimento, os senadores citam os impactos da taxa Selic, como redução de linhas de crédito, empréstimos e financiamento à população quando esta está alta. Também expõem que, quando mais baixa, há o estímulo ao consumo.

“O atual patamar da taxa básica de juros tem gerado muito debate na área econômica sobre a obrigação do Banco Central em reduzir esse índice. Por isso apresentamos o presente requerimento com o objetivo de convidar o senhor presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, para prestar informações sobre o valor da taxa de juros.”

Estranhamento

Atualmente, a Selic está em 13,75%. O índice rendeu críticas do presidente Lula (PT) a Campos Neto. “Qual é a explicação para a gente ter um juro de 13,5% hoje? O BC é independente, a gente poderia não ter nem juro, não é verdade? A inflação está 6,5%, 7,5%. Por que os juros estão 13,5%?”, questionou o petista ainda em janeiro.

À época, Campos Neto respondeu em uma palestra, nos EUA: “Lula se orgulha de Henrique Meirelles [ex-presidente da autoridade monetária] ter sido independente no BC e acha que não precisa da lei, porque ele garante a independência sem lei. Mas, olhando para o Brasil, vemos que o mercado seria muito mais volátil se não houvesse a independência em lei. Seria uma questão que adicionaria mais volatilidade na curva longa de juros.”