Vanderlan convida presidente do Banco Central para explicar taxa básica de juros no Senado
Campos Neto deverá ir ao Senado em 4 de abril
O senador goiano Vanderlan Cardoso, presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado, convidou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para explicar a atual taxa básica de juros (Selic), em 4 de abril. O requerimento ocorreu nesta terça-feira (14).
Além de Vanderlan, o senador Alessandro Vieira (PSDB-ES) também assina o documento. Vale citar, o texto já estava pronto desde antes do goiano assumir a presidência do CAE.
No requerimento, os senadores citam os impactos da taxa Selic, como redução de linhas de crédito, empréstimos e financiamento à população quando esta está alta. Também expõem que, quando mais baixa, há o estímulo ao consumo.
“O atual patamar da taxa básica de juros tem gerado muito debate na área econômica sobre a obrigação do Banco Central em reduzir esse índice. Por isso apresentamos o presente requerimento com o objetivo de convidar o senhor presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, para prestar informações sobre o valor da taxa de juros.”
Estranhamento
Atualmente, a Selic está em 13,75%. O índice rendeu críticas do presidente Lula (PT) a Campos Neto. “Qual é a explicação para a gente ter um juro de 13,5% hoje? O BC é independente, a gente poderia não ter nem juro, não é verdade? A inflação está 6,5%, 7,5%. Por que os juros estão 13,5%?”, questionou o petista ainda em janeiro.
À época, Campos Neto respondeu em uma palestra, nos EUA: “Lula se orgulha de Henrique Meirelles [ex-presidente da autoridade monetária] ter sido independente no BC e acha que não precisa da lei, porque ele garante a independência sem lei. Mas, olhando para o Brasil, vemos que o mercado seria muito mais volátil se não houvesse a independência em lei. Seria uma questão que adicionaria mais volatilidade na curva longa de juros.”