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Vanderlan diz que Moro agiu de forma política em 2018, mas nega envolvimento de Bolsonaro

"Eu não entendo, mas juristas diziam que lá na frente ia cair. Então, houve interesse em algumas ações"

Com Covid-19 e dengue, Vanderlan segue estável e com boa evolução (Foto: Reprodução - Facebook)

O senador Vanderlan Cardoso (PSD) disse ao Mais Goiás que o ex-juiz Sergio Moro (Podemos), hoje pré-candidato à presidência, agiu de forma política em 2018. Segundo ele, o também ex-ministro da Justiça teve decisões – não somente a que culminou com a prisão do ex-presidente Lula (PT) – sem a devida base legal. “Eu não entendo, mas juristas diziam que lá na frente ia cair. Então, houve interesse em algumas ações.”

Segundo o senador, que participou da gravação do Podcast Poder em Jogo, do Mais Goiás, que vai ao ar na próxima segunda-feira, a filiação dele ao Podemos, bem como a do ex-procurador e ex-chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnol, comprovam o interesse político. Ele, contudo, não acredita que o presidente Bolsonaro (PL) – que foi beneficiado com a não participação de Lula nas eleições – tivesse ciência dessa atuação.

Para ele, o momento era de Bolsonaro, independente da ações políticas. Ele cita que ainda existia insatisfação com o PT por causa do mandato de Dilma Rousseff (PT), e que o atentado sofrido pelo presidente também impulsionou a candidatura dele.

Vale lembrar, Sergio Moro se filiou ao Podemos em 10 de novembro. À época, ele disse que, “se for necessário assumir a liderança nesse projeto, meu nome sempre estará à disposição do povo brasileiro”. Já Dallagnol entrou na sigla no último dia 10. Assim como Vanderlan, o deputado federal por Goiás, Rubens Otoni, vê atuação política da dupla, durante a Lava Jato.

“Se alguém tinha dúvida do ativismo político de Moro e Dallagnol enquanto juiz e procurador, agora a máscara caiu. Os dois resolvem deixar uma carreira estável para entrarem na política e, ‘por coincidência’, no mesmo partido”, declarou ao Mais Goiás.