Política

Vanderlan mexe com 2018

O resultado da eleição em Goiânia vai mexer com a sucessão estadual. E Vanderlan hoje é o foco na capital

O resultado da eleição em  Goiânia vai nortear a eleição de 2018. E tudo passa por Vanderlan Cardoso. Ele se coloca como o polarizador com Íris Rezende e provoca reações em algumas lideranças. Vanderlan tem chance real de vitória. Mas já embolou um pouco o baralho para 2018.

Se Íris vencer, passa a aspirar novamente o Governo de Goiás. E aí, Ronaldo Caiado fica definitivamente na mão. Se perder, sua carreira estará encerrada e a oposição vai ter que buscar outro rumo. Que pode ser Caiado, que não tem estrutura partidária e só sobrevive com o PMDB, ou a construção de uma outra candidatura, que poderia ser do deputado federal Daniel Vilela, por exemplo.

Do outro lado, há um ensaio de rebelião à liderança de Marconi Perillo. Vilmar Rocha e Jovair Arantes insistiram em candidatura mais independente e bancaram o nome de Francisco Júnior em Goiânia. Jovair já acenou com apoio a Íris no segundo turno, mas pode rever, dependendo do resultado do primeiro turno.

Certamente, a base marconista para 2018 será outra. José Eliton, vice-governador que já foi filiado ao DEM, PP e PSDB para alimentar o seu projeto de candidatura para o próximo pleito, vai ter dificuldades em construir essa aliança. Há uma certa fadiga do modelo Marconi, junto à população e também à classe política.

A tal da terceira via deve ficar no ensaio, novamente. No início dos anos 80, o PT se apresentou como essa alternativa, enterrada com a aliança com o PMDB em 2010. Neste mesmo ano, surgiu uma terceira via chapa branca, bancada por Barbosa Neto, Ronaldo Caiado e Vanderlan Cardoso, que conversou muito e decidiu pouco. Vanderlan foi candidato duas vezes e enterrou essa possibilidade também.

Agora, quem ensaiava essa alternativa era Lúcia Vânia, depois de se mudar do PSDB para o PSB. O sucesso eleitoral de Vanderlan em Goiânia pode lançar o projeto de terceira via para um puxadinho na base aliada de Marconi. O PSDB não teria nem o comando do processo nem a força de imposição que sempre quis e teve em função do governador. Por uma questão de sobrevivência, espaços serão abertos. Com ele, de um jeito ou de outro, haverá mudanças neste processo.