ELEIÇÕES | GOIÂNIA

“Vanderlan não tem grupo e isso faz diferença”, diz cientista político

"Vanderlan arrancou com recall da eleição para senador, mas falta grupo a ele", diz Marcos Marinho em live do Mais Goiás

Alexandre Bittencourt

Em entrevista transmitida pelo Instagram do Mais Goiás no começo da tarde deste sábado, o professor e cientista político Marcos Marinho afirma que um dos fatores que explicam a estagnação de Vanderlan Cardoso (PSD) nas pesquisas que medem intenção de voto para prefeito de Goiânia é o fato de ele “não ter grupo político”, ao contrário de seu principal adversário, Maguito Vilela (MDB).

“Vanderlan arrancou com recall da eleição para senador, mas falta grupo a ele. O que o MDB tem. Isso fez muita diferença. Tanto que, mesmo com Maguito ausente da campanha, o grupo do MDB se mobilizou para conquistar as ruas. Vanderlan não tem um grupo político. Ele migrou por várias partidos e participou de vários agrupamentos, mas nunca liderou um bom grupo político, que tivesse essa capacidade de mobilização e engajamento”, disse Marinho ao Mais Goiás.

O cientista político avalia que o governador Ronaldo Caiado (DEM) entrou na campanha de Vanderlan com o objetivo de cristalizar um grupo forte em torno do candidato, mas que o grupo que se formou não é forte como o do MDB.

Marinho também contesta a estratégia do candidato do PSD de tentar dissociar Maguito da imagem do bem avaliado prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB). “Na minha leitura, eles erraram ao tentar cooptar a imagem de Iris. Não fazia sentido para mim, até porque há uma dificuldade gigantesca de se dissociar a imagem do Iris do MDB. Naturalmente seria colado ao Maguito. Perderam muito tempo nisso”.

Marcos Marinho diz que a tendência hoje é de vitória de Maguito no segundo turno. Por fim, ele abre um parênteses para comentar a situação da candidata Adriana Accorsi (PT), que, pela segunda eleição consecutiva, enfrenta dificuldade para superar a barreira dos 15% nas pesquisas. “ Adriana é uma player interessante, tem garra, mas o partido tem as suas dificuldades para abrir espaço no Brasil inteiro. Hoje, Adriana não consegue contar mais com força de aglutinação partidária com que o PT contava no passado”.

Assista abaixo à integra da live: