Vereador de Araguapaz diz que atirou na direção de servidor em legítima defesa
“Atirei no chão, foi legítima defesa. Ele veio para cima de mim", afirma vereador Amaury Germano
Legítima defesa: esta é a explicação que o vereador Amaury Germano de Lima (PSC), presidente da Câmara Municipal de Araguapaz, deu ao Mais Goiás depois de atirar ao chão – mas na direção do servidor público da prefeitura Ciro da Rocha – na noite do último sábado (29). Amaury disparou após descer de um carro, na porta de um bar, e notar a presença de Ciro. Imagens de câmeras de segurança mostram o servidor se dirigir em direção ao vereador. O caso está com a Polícia Civil.
Amaury afirma que estava em Goiânia e, quando chegou em Araguapaz, no sábado, parou em um bar para comprar uma bebida. Ele afirma que foi então atacado por Ciro, que é diretor de Recursos Humanos da prefeitura. “Antes de eu sair do carro ele me abordou, me agredindo. Eu saí e recuei mais de 100m até a outra esquina, pedindo para ele parar. E ele dizendo que ia me bater.”
O presidente da Câmara disse ainda que nunca atirou em ninguém e também não disparou contra Ciro e nem apontou para ele. “Atirei no chão, foi legítima defesa. Ele veio para cima de mim. Depois eu corri para não apanhar e se precisar, corro de novo.”
Ainda segundo Amaury, a questão foi política. Ele declarou ao Mais Goiás que o pai do servidor é o ex-prefeito Da Rocha. “Desde 2012 eles não colocam o balancete para ser votado. O TCM me oficializou para votar e se eu não colocasse, dava improbidade para mim e para os outros vereadores. Aí coloquei e abri espaço para o pai dele e outros prefeitos fazerem a defesa. Isso que gerou a briga.”
Em relação a estar armado, ele reforçou que é “CAC” e a arma é registrada. “Eu posso transportar para ir a clube de tiro. Em Goiânia, fui no clube de tiro”, revelou.
O presidente da Câmara informou ao portal que fez, nesta tarde de segunda (31), uma ocorrência contra o servidor na delegacia de Araguapaz por agressão e ameaça.
Declaração de Ciro à polícia
Ao portal, a Polícia Civil informou que Ciro registrou em Mozarlândia (delegacia responsável pela região) uma ocorrência de disparo de arma de fogo. Segundo o servidor declarou à polícia, o vereador teria pedido à secretária de Administração para demiti-lo.
Ainda segundo Ciro, quando ele estava em um bar, o dono do estabelecimento perguntou se o caso era verdade. Ele confirmou e o empresário teria ligado para Amaury. O presidente da Câmara negou.
O servidor, que também conversou com o vereador durante a ligação, disse que ele deveria “ser homem”, de acordo com a PC. Foi então que o presidente da Câmara foi para o bar, onde tudo ocorreu.
O próprio Ciro afirmou que o tiro foi no chão, mas na direção dele. À polícia, ele afirmou que a bala poderia ricochetear e acertá-lo ou a outra pessoa.
Sobre o pedido de demissão, o presidente disse que nunca o fez. “Bem antes disso, eu, como vereador, pedi para o prefeito fiscalizar a conduta dele, porque ele é chefe de RH. Não sou a primeira pessoa que ele briga.” Para ele, esse também é um dos motivos da briga.
Saiba mais sobre o caso:
Presidente da Câmara de Araguapaz atira na direção de servidor da prefeitura