QUEBRA DE REGIMENTO

Vereador de Mozarlândia denuncia contrato e colega sai em defesa do presidente

Na Câmara de Mozarlândia, houve quebra de regimento em sessão na noite de terça (4),…

Na Câmara de Mozarlândia, houve quebra de regimento em sessão na noite de terça (4), quando o vereador José Lúcio (PSC) interrompeu o parlamentar Edgar Oliveira (MDB), que defendia acusações do primeiro contra o presidente da Casa, Aelton Mendanha (DEM) – intubado por conta da Covid-19. Na tribuna, Lúcio denunciava o suposto superfaturamento de contratos de R$ 10 mil da Casa de Leis com uma rádio da cidade, o que motivou a defesa do emedebista.

Ao Mais Goiás, Edgar afirmou que o presidente está com câncer e contraiu o vírus durante tratamento. “Hoje, está intubado e fazendo hemodiálise”, lamentou. “Então, depois que esse vereador subiu na tribuna para falar de contrato, acusando de estar superfaturado, pedi que respeitasse o presidente, pois ele não poderia se defender. Se ele falasse em rever o contrato era uma coisa, mas já falou em superfaturamento.”

Pelas redes sociais, a prima e advogada de Aelton, Sulli Mendanha, publicou uma nota. “A assessoria jurídica do presidente da Câmara municipal, juntamente com toda a sua família, repudia as acusações realizadas na sessão em desfavor do vereador Aelton Mendanha, esclarecendo que as inverdades ditas serão levadas à justiça.”

Ainda segundo o texto, “Aelton encontra-se em grave estado de saúde na UTI, o qual na aludida sessão estava impossibilitado de realizar a sua defesa. (…) Todas as medidas legais estão sendo tomadas.” Procurada pela reportagem, Sulli revelou que a ação ainda não foi protocolada. Ela diz que as gravações da sessão estão sendo analisadas. “Se existiu qualquer indícios de crime contra a honra será realizado as demandas cabíveis tanto na esfera criminal como na civil.”

José Lúcio

O vereador José Lúcio deu a sua versão ao portal. Segundo ele, em nenhum momento chamou o presidente de “ladrão”, a quem ele diz ser amigo e rezar pela melhora. “Eu disse que o contrato estava superfaturado, não que o presidente estava roubando.”

De acordo com Lúcio, o contrato está além do valor natural. Ele diz que visitou rádios de cidades vizinhas e o no mesmo serviço prestado é cobrado R$ 2.500. “Eles cobram R$ 10 mil por 8h mensais, mais o locutor, porque é um contrato político. Vou entrar no Ministério Público”, relata ao dizer que tem provas para embasar a denúncia.

O vereador ainda faz questão de ressaltar que não houve crítica ao presidente. “Mas o Edgar me jogou contra a família. Mas eu digo, se eu chamei de ‘ladrão’, o que não fiz, podem me processar.” Ainda segundo Lúcio, o vereador Edgar defende o contrato, pois trabalha na rádio.

Sobre essa acusação, Edgar assume que trabalha na rádio, mas diz que não vê problemas no contrato ser revisto. “Sou a favor de rever e até mesmo cancelar, se for preciso. Só fui contra a atitude que ele tomou. Ele chamou vereador de ladrão e o presidente internado. Foi por isso que começou a briga, e porque ele não respeita o regimento interno.”