Vereador quer impedir lançamento de livro de Tiago Henrique
Em discurso na tribuna da Câmara Municipal de Goiânia, Eduardo Prado (PV) mostrou indignação e disse que vai entrar em contato com o MPGO
O vereador delegado Eduardo Prado (PV) pretende impedir o lançamento do livro do serial killer Tiago Henrique, previsto para ocorrer no próximo mês. Para isso, ele vai pedir ao Ministério Público estadual, na próxima quinta-feira (25), que a publicação seja cancelada. “Trata-se de uma agressão inominável a dezenas de vítimas mulheres, especialmente crianças, que esse indivíduo fez. Não podemos aceitar isso”, disse o vereador.
Na tribuna da Câmara Municipal de Goiânia, na sessão de hoje (23), o vereador do PV disse ter lançado uma campanha nas redes sociais visando boicotar o livro. “Recebi mais de 15 mil mensagens de pessoas indignadas e apoiando minha iniciativa. A sociedade não pode permitir esse tipo de violência”, afirmou.
Eduardo Prado, que também é delegado, lembrou que Tiago Rocha responde por mais de 30 homicídios e já foi condenado a mais de 650 anos de prisão. “O livro conta um pouco da história do serial killer e o lançamento tem apoio do padre Luís Augusto Ferreira da Silva, que foi apontado como servidor fantasma da Assembleia Legislativa do Estado. É profundamente lamentável que esse padre participe dessa farsa, de um criminoso que vai ganhar dinheiro em cima do sofrimento alheio”, comentou.
“Questiono esse espetáculo, que mexe com o que o psicopata mais gosta, que é a vaidade. Um livro para expor o sofrimento de dezenas de famílias que sofreram com esses crimes bárbaros. Ele não pode sair como herói desses fatos, que tiveram repercussão mundial”, completou o vereador.
Apoio
Vários vereadores elogiaram e manifestaram apoio à iniciativa de Eduardo Prado. “É um psicopata, um verme, um criminoso frio. Esse livro é uma vergonha”, declarou o vereador Romário Policarpo (PTC). “Esta Casa não pode calar sobre esse absurdo. O pior é que o serial killer está recebendo apoio de um corrupto, o padre Luiz, que usou uma missa para atacar esta Casa”, acusou Jorge Kajuru (PRP). “Um livro desse deve causar revolta nas pessoas de bem. Não podemos apoiar essa cultura e rejeitar esse tipo de crime”, completou a vereadora Priscilla Tejota (PSD).