Vereador retira projeto que estabelece passaporte da vacina da CCJ na Câmara de Goiânia
Autor justificou a retirada do projeto pela "vitória" alcançada junto à prefeitura de Goiânia com decreto que flexibilizou a realização de eventos na capital
O vereador Marlon Teixeira (Cidadania) retirou projeto que estabelece passaporte de vacinação em Goiânia da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em sessão realizada na manhã desta terça-feira (19) na Câmara Municipal. O projeto foi alvo de polêmica em sessão tumultuada com presença de claque.
Marlon justificou a retirada do projeto pela “vitória” alcançada junto à prefeitura de Goiânia, com decreto que flexibilizou a realização de eventos na capital. Documento foi publicado no Diário Oficial desta terça-feira.
“Quero salientar que o projeto é constitucional. O novo decreto libera o setor a realizar o evento teste do cantor Gusttavo Lima. E vai ter passaporte de vacinação. É um grande avanço. Nós vencemos”, salientou
Marlon continuou: “Não se tratava de defender uma ideologia ou outra, mas de retomada do setor de eventos. Estamos saindo da pandemia e devemos fazer isso da maneira mais segura. Temos que aprender com os erros e acertos, sem que nos aconteça o que aconteceu em outros países, que abriram de forma abrupta e tiveram que reverter decisões”, pontuou.
O relator do projeto na CCJ, Kleybe Morais (MDB), parabenizou a retirada do projeto e disse que a cidade está saindo de uma pandemia para uma epidemia. O relatório era pelo arquivamento da matéria por inconstitucionalidade.
William Veloso (PL) disse que todos ganharam com a discussão e citou a plataforma ConectaSus que deve ser usado e colocado em prática. Sensibilidade de retirar o projeto.
Tumulto contra passaporte da vacina
A sessão foi tumultuada pela presença de claque contrária ao passaporte vacinal e foi suspensa e retomada após a sessão plenária. Vereador Mauro Rubem chegou a pedir que integrante do grupo colocasse a máscara no recinto.
Mauro Rubem (PT) e Aava Santiago (PSDB) chegaram a pedir que o projeto fosse a plenário para que houvesse discussão do mérito da matéria, mas não foram atendidos.
A tramitação do projeto foi marcada por debates acalorados e com participação intensa de manifestantes contra a medida.