Vereadora apresenta relatório médico para não usar máscara, mas Câmara nega
O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina de Trabalho (SESMT) da Câmara Municipal…
O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina de Trabalho (SESMT) da Câmara Municipal de Goiânia negou na segunda-feira (15) o pedido da vereadora Gabriela Rodart (DC) para não usar máscara facial durante as sessões realizadas na casa legislativa. A parlamentar protocolou na última sexta-feira (12) relatório médico assinado pelo otorrinolaringologista Gustavo Mizziara, do Distrito Federal, o qual solicitava liberação do uso obrigatório por “desvio de septo e hipertrofia de conchas” com menção a necessidade de cirurgia.
De acordo com a análise do SESMT, assinado pelo médico do trabalho da Câmara, Marcellus Sousa Arantes, as doenças podem provocar roncos, congestão nasal e aparecimento de secreção, além de outros sintomas como boca seca, já que o paciente passa a respirar pela boca. No entanto, a análise aponta que os sintomas não impedem “nem mesmo a prática de atividades físicas ou funções laborais com elevado gasto energético”.
“Considerand0-se os conhecimentos técnicos médicos atualmente disponíveis, verifica-se que os materiais recomendados para confecção de máscaras (cirúrgicas e não cirúrgicas) não são capazes de vedar a entrada de ar de forma tão significativa que impeça a respiração, nem mesmo durante a realização de atividades físicas”, aponta o médico do trabalho do legislativo goianiense.
A casa legislativa ainda argumenta que a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendam o uso do equipamento e que a parlamentar não apresentou justificativa plausível para ser dispensada do uso obrigatório. “Não foram enumeradas doenças que demandam dispensa da recomendação do uso de máscara”, conclui a análise.
O Mais Goiás aguarda retorno da assessoria de comunicação de Gabriela Rodart.
Obrigatoriedade
Tanto a lei 1187, aprovada pela própria Câmara Municipal, quanto o decreto municipal 1187, ambos do ano passado, apontam a obrigatoriedade do uso de máscaras em todos os locais públicos em Goiânia. O Hospital de Campanha (HCamp) instalado na capital chegou a ter 100% de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com formação de fila de pacientes na segunda-feira. A taxa de ocupação estadual chegou a 97%.