Vereadora quer que jornalistas usem máscaras em apresentações de telejornais
Parlamentar, que já se recusou a usar máscara na Câmara, protocolou representação contra apresentadores da TV Anhanguera no Ministério Público
A luta da recém empossada vereadora Gabriela Rodart (DC) pela não obrigatoriedade do uso de máscaras continua. Desta vez, a parlamentar protocolou junto ao Ministério Público de Goiás ação contra a TV Anhanguera para que os apresentadores de telejornais usem o equipamento de proteção individual (EPI) durante os programas. Ela já protagonizou polêmica comparecer à cerimônia de posse sem máscara.
Em vídeo publicado na redes sociais, a vereadora diz que ação tem objetivo de “pedir coerência”. Ela taxa a lei municipal que obriga goianienses a usarem máscaras durante a pandemia de covid-19 “esdrúxula e mal elaborada”, e diz que serve como alvará para que “a mídia possa perseguir e constranger cidadãos nas ruas e apontar suas lentes difamatórias a pessoas que estão simplesmente seguindo suas vidas”.
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Na representação, Gabriela Rodart aponta que o uso de máscara é obrigatório a todo cidadão que sair de sua residência e qualquer estabelecimento deverá barrar a entrada de proteção facial, conforme estabelecido na Lei nº10545 de novembro de 2020. A vereadora aparece no vídeo em frente ao Ministério Público sem máscara.
A vereadora ainda diz que irá contar com apoio dos vereadores para revogar a lei, pois segundo ela, prejudica os cidadãos. Ela argumenta que o uso deve ser uma escolha.
A reportagem tentou contato com a vereadora e com a assessoria de comunicação, mas não obteve resposta.
Recomendações
Recomendação do Ministério da Saúde aponta que as máscaras, mesmo as caseiras, são eficientes como barreira física para evitar o contato com gotículas de saliva que contém o coronavírus. A Organização Mundial de Saúde recomenda que governos devem incentivar o público em geral a usar máscaras de tecido nas áreas em que há muitas pessoas infectadas com covid-19.
O Brasil passa por aumento de casos da doença causada pelo coronavírus nas últimas semanas. O sistema de saúde de Manaus, a exemplo do ano passado, entrou em colapso agravada por falta de oxigênio para pacientes.