INSEGURANÇA

Vereadora solicita escolta após barrar Plano Diretor de Pirenópolis: “receio do que pode acontecer”

Ynaê Siqueira argumenta na ação que falta viabilidade técnica e estudos que comprovem as mudanças elaboradas pela prefeitura

A vereadora por Pirenópolis, Ynaê Siqueira (UB), solicitou escolta policial após conseguir mandado de segurança na Justiça contra a tramitação do Plano Diretor da cidade. Ela diz que os “ânimos ficaram exaltados” e tem receio do que pode acontecer.

Na ação impetrada para barrar a tramitação do Plano Diretor, a vereadora argumentou que falta viabilidade técnica e estudos que comprovem as mudanças elaboradas pela prefeitura de Pirenópolis. Segundo ela, a proposta colocada pela gestão municipal é parcial e há muitos interesses por trás de uma possível aprovação.

“Um das vereadoras é mãe do Secretário de Meio Ambiente, que elaborou o Plano Diretor. Outro vereador é servidor de confiança na pasta. Tem muito interesse envolvido. Os ânimos ficaram quentes e eu temi pela minha integridade”, relata a parlamentar ao citar que anteriormente já ameaçada nos bastidores, e, por isso, decidiu solicitar escolta.

O novo Plano Diretor libera a construção de resorts dentro da cidade, alguns deles já anunciados no modelo de time share.

Problemas

Relatório do Ministério Público de Goiás deste ano apontou que os documentos juntados pelo município são genéricos e insuficientes para se concluir pela viabilidade urbanística e ambiental do projeto do novo Plano Diretor.

“Nota-se, inclusive, a falta de estudo e relatório de impacto ambiental. Além disso, com a extensa área de expansão que se pretende instalar, haverá uma grande demanda de serviços públicos como fornecimento de água, energia elétrica, segurança pública, o que necessitará de aprofundado estudo e planejamento neste sentido”, aponta.

A Prefeitura de Pirenópolis argumentou na Justiça que apresentou uma nova proposta para alteração do Plano Diretor, por isso poderia prosseguir com a tramitação. No entanto, a juíza Renata Farias Costa Gomes de Barros Nacagami negou o pedido.

“Verifico que apesar de se tratar de novo estudo, este também é relativo à revisão do Plano Diretor de Pirenópolis e que não possui os requisitos estabelecidos na sentença proferida nos autos”, considerou a magistrada.