Vereadores pedem desfiliação do PMB após acusação de agressão
Segundo a parlamentar, Santana Pires chamou a funcionária de “imprestável” e teria tentado agredi-la fisicamente
Leandro Sena e Ronilson Reis, vereadores do Partido da Mulher Brasileira (PMB) na Câmara Municipal, anunciaram desfiliação, na terça-feira (7), após denúncia de que o presidente da sigla, Santana Pires, teria agredido uma servidora da casa legislativa. A denúncia foi feita pela vereadora Aava Santiago (PSDB).
O Mais Goiás não conseguiu contato com o Santana Pires até o fechamento da matéria. Espaço segue aberto para manifestação.
Segundo a parlamentar, Santana Pires chamou a funcionária de “imprestável” e teria tentado agredi-la fisicamente. “Ele disse que a funcionária deveria estar aposentada. E como se não bastasse, partiu para cima dela para agredi-la fisicamente, mas foi impedido pelo vereador Edgar Duarte”, denunciou Aava em plenário.
A servidora trabalha na Diretoria Legislativa da Câmara há 47 anos. A agressão teria acontecido na própria Câmara, quando ela informava sobre documentos necessários para a posse de suplentes do partido.
A confusão ocorreu após a servidora não autorizar a posse de dois vereadores do PMB por questão de documentos. Os suplentes estão impedidos de assumir cadeiras na Câmara, pois não se descompatibilizaram de cargos públicos que ocupam. Eles substituiriam Edgar Duarte e Pastor Wilson estão de licença.
“Em ato de repúdio pedi minha desfiliação e também renunciei à liderança do partido na casa. É inadmissível a transgressão e agressão de um presidente de um partido agredir uma mulher nessa casa”, diz Ronilson Reis.
Leandro Sena apontou que é defensor do direito das mulheres e que por isso não pode permanecer um partido conduzido por um agressor de mulheres. “Deixo minha solidariedade à servidora e meu apoio irrestrito”, pontuou.
O presidente da Câmara, Romário Policarpo (Patriota), disse que enviará documento à presidente nacional do PMB, Suêd Haidar.
Aava Santiago recolheu assinatura de todos os vereadores presentes no plenário para a nota de repúdio, que será anexada para a direção nacional do partido para que tomem providências. “Além disso, solicitei o presidente aceitou de plano que ele não possa entrar mais no plenário da Câmara”, informa a vereadora.