Os nomes escolhidos pelo prefeito de Goiânia Iris Rezende (PMDB) para seu primeiro escalão continuam causando controvérsia. Dessa vez, a polêmica envolve os secretários municipal de cultura, Kleber Adorno, e o de governo, Samuel Almeida, que foram alvos de pedido de afastamento protocolado por três vereadores.
Na manhã da última quarta (18), Elias Vaz (PSB) esteve no Ministério Público de Goiás (MPGO) protocolando representação contra as nomeações dos novos secretários pelo fato de responderem a processo por improbidade administrativa. O documento também foi assinado por Jorge Kajuru (PRP) e Priscilla Tejota (PSD).
“A sociedade está cansada das práticas da velha política. Todos os dias acompanhamos manifestações da sociedade contra impunidade, ineficiência, imoralidade e, principalmente, da improbidade daqueles que ocupam os cargos públicos. Mas parece que a postura da Prefeitura segue na contramão desses grandes anseios sociais”, disse Elias Vaz.
Segundo o vereador, Kleber Adorno responde ao processo que tramita na 7a Vara de Crimes Punidos com Reclusão por estelionato, formação de quadrilha e fraude em licitações da Secretaria da Cultura que causou prejuízos de um milhão e trezentos e cinquenta mil ao cofre municipal.
Já Samuel Almeida, de acordo com o vereador, foi condenado pela justiça a sete anos de reclusão pela prática de crime de fraude em licitação, quando era presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, em 2005 e 2006.
Desvio de verbas da merenda
Elias Vaz também prometeu procurar o Ministério Público Fderal (MPF) a respeito da nomeação de Wesley Batista para a chefia de gabinete do Instituto Municipal de Assistência aos Servidores (Imas). Em postagem no Facebook feita na manhã desta quinta-feira (19), o vereador disse estar “extremamente indignado” com a escolha feita por Iris Rezende.
“Ele é apontado como um dos responsáveis por desvios de verba da merenda que denunciei em 2015”, afirmou o vereador. “Na época, Wesley era diretor do Departamento de Alimentação Educacional da SME [Secretaria Municipal de Educação]. Após a denúncia que fizemos de desvios na compra e repasse da merenda escolar, ele foi afastado do cargo pelo prefeito Paulo Garcia. No ano passado recebeu punição de 90 dias de suspensão. Mais grave ainda, ele permanece sendo investigado pelo MPF e PF”, relatou na publicação.
A nomeação de Wesley foi publicada no Diário Oficial do Município nesta quarta-feira (18). Outras quatro pessoas também são apontadas como integrantes do suposto esquema.
Ao Mais Goiás, a assessoria de imprensa da prefeitura informou que a nomeação dos secretários e do chefe de gabinete se deu após a apresentação de documentos que comprovam que os indicados não respondem a processos criminais. De acordo com o Executivo, Wesley Batista foi apenas alvo de denúncia, e não responde a processo criminal.