Veto de Bolsonaro ao fundo eleitoral pode ser estratégia política, avaliam goianos
Dos 17 deputados federais que representam Goiás na Câmara, 13 votaram a favor do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias
Em entrevista divulgada pela TV Brasil na última segunda-feira (19), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que a “tendência” é vetar o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões para 2022. Porém, parlamentares goianos acreditam que seja apenas jogo político.
Dos 17 deputados federais que representam Goiás na Câmara, 13 votaram a favor do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O texto passou pelo Congresso Nacional na última quinta-feira (15), e Bolsonaro, pode sancionar integralmente, vetar alguns dispositivos ou vetar integralmente.
O deputado Delegado Waldir (PSL) disse que toda essa fala do presidente é parte do jogo político. “Na verdade, se pegar esse último aumento do fundo eleitoral é um jogo combinado. O parlamento pediu um valor maior e o presidente diz que não pode dar tudo isso e ele dá um valor intermediário. É um jogo combinado”, afirma.
Para o parlamentar, o valor deve ser fechado em meio termo. “Não vai bater os R$ 2 bilhões. Acredito que seja por volta de R$ 4 bilhões. Acredito que vai ter algo intermediário para não ficar ruim nem para o presidente, nem para o parlamento”, diz.
Outro deputado que acredita que o presidente apenas cria “factoide” com a temática é Rubens Otoni (PT). “Bolsonaro tenta criar factoide para desviar a atenção das denúncias de corrupção na CPI da Covid-19. Quem apresentou a proposta foi o governo Bolsonaro. Quem defendeu a proposta foram os líderes do governo Bolsonaro. Quem votou a favor foi a base de apoio do governo Bolsonaro”, destaca o parlamentar.
Veja como votaram os deputados goianos:
- Adriano do Baldy (PP) – Sim
- Alcides Rodrigues (Patriota) – Sim
- Célio Silveira (PSDB) – Sim
- Delegado Waldir (PSL) – Sim
- Dr. Zacharias Calil (DEM) – Sim
- Elias Vaz (PSB) – Não
- Flávia Morais (PDT) – Não
- Francisco Jr. (PSD) – Sim
- Glaustin da Fokus (PSC) – Sim
- João Campos (Republicanos) – Sim
- Jose Mario Schreiner (DEM) – Sim
- José Nelto (Podemos) – não votou
- Lucas Vergilio (Solidariedade) – Sim
- Magda Mofatto (PL) – Sim
- Professor Alcides (PP) – Sim
- Rubens Otoni (PT) – Não
- Vitor Hugo (PSL) – Sim