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Vetos da governadoria deixam de ser votados mais uma vez por falta de quórum

“Na semana que vem, se não der quórum novamente, eu vou instituir o corte de ponto para os deputados que não estiverem presentes em plenário"

Vetos da governadoria deixam de ser votados mais uma vez por falta de quórum

Pela segunda vez, a votação dos vetos da governadoria não aconteceu por falta de quórum na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Inicialmente, a casa contabilizou mais de 30 nomes, porém, no momento da votação a oposição pediu contagem e fez a obstrução. Resultado: apenas 18 presenças confirmadas.

Vale destacar que, segundo informações da Alego, estavam previstos 34 processos na pauta desta quinta-feira, a primeira após o retorno do feriado do Carnaval. Destes, eram 30 vetos integrais a projetos de lei anteriormente aprovados na Casa e quatro parciais para votação única e secreta.

Um deles, vale destacar, é de uma matéria do deputado Alysson Lima, aprovada no segundo semestre de 2019 e que revogava a lei que permitia a privatização de rodovias estaduais. Após o fim da sessão o parlamentar afirmou que a oposição continuaria a fazer obstruções para que o veto fosse derrubado.

Anteriormente, o vice-líder do governo, Zé Carapô (DC), já havia dito que a manutenção pelo veto já tinha sido decidida pelos deputados da base, em uma reunião com o governador Ronaldo Caiado (DEM), no último dia 17 de fevereiro.

Responsabilidade

Ressalta-se que para dar andamento às votações eram necessários 21 presentes. O parlamento goiano possui 41 deputados. Destes, 26 fazem parte da base consolidada do governo.

Presidente da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Lissauer Vieira (PSB) afirmou que a presença durante a sessão é responsabilidade dos parlamentares. “Cada um precisa ter a sua responsabilidade de estar aqui nos horários das sessões”, pontuou.

Na ocasião, presidente citou, ainda, que é sempre cobrado pela imprensa em relação ao corte de ponto dos deputados. “Eu nunca cogitei isso, sempre falei que preferiria o diálogo. Mas o diálogo está esgotando”, não descarta Lissauer. “Na semana que vem, se não der quórum novamente, eu vou instituir o corte de ponto para os deputados que não estiverem presentes em plenário.”

Para ele, essa será uma solução para dar sequência aos trabalhos. “Não tem outra saída, precisamos fazer andar as matérias. Nós vamos esgotar o diálogo e vamos partir para a ação que eu não queria fazer, que é cortar o ponto”, reforça o presidente do legislativo goiano.

Oposição

O presidente Lissauer comentou, ainda, sobre a atuação da oposição, de obstruir. “Está fazendo o papel dela, é direito dela obstruir a pauta. Não podemos reclamar um minuto sequer da oposição”, elabora.

Segundo, os deputados da base do governo precisam ter a responsabilidade de estar no plenário e de participar mais das sessões. “Votar as matérias importantes, os vetos, seja qual for. E a oposição está fazendo o papel dela. Eu respeito totalmente o papel de obstruir que eles têm feito. É natural, é assim que funciona o parlamento. Não é só aqui, em qualquer local é assim”, conclui.