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Voto feminino para presidente é o que mais pode mudar, aponta Datafolha

Foco das campanhas presidenciais nas últimas semanas, o voto feminino é o mais “solto” na corrida eleitoral…

Foco das campanhas presidenciais nas últimas semanas, o voto feminino é o mais “solto” na corrida eleitoral de acordo com dados divulgados na última sexta-feira (9) pelo Datafolha.

Segundo o levantamento, 26% das mulheres declaram poder mudar o voto, contra 18% dos homens. A margem de erro da pesquisa nesses segmentos é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

As eleitoras também têm a maior taxa de indecisão na pesquisa espontânea, na qual o entrevistado não tem contato com a lista de candidatos. O percentual entre as mulheres é de 22%, contra 11% entre os homens. De acordo com especialistas, a sondagem espontânea reflete os votos mais consolidados.

Essas diferenças entre homens e mulheres se mantêm desde a pré-campanha. A indecisão na pesquisa espontânea e a taxa dos que podem mudar de voto, porém, têm trajetória de queda em ambos os grupos.

As mulheres se tornaram o principal foco das campanhas desde os ataques misóginos do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição, à senadora Simone Tebet (MDB-MS), candidata à Presidência, e à jornalista Vera Magalhães no debate exibido pela TV Bandeirantes no final de agosto.

O presidente passou a usar a primeira-dama Michelle Bolsonaro como forma de reduzir a rejeição nessa fatia, 52% do eleitorado, segundo o Datafolha. Contudo, Lula (PT) mantém vantagem mais ampla entre as mulheres do que na média geral do eleitorado: 46% contra 29% de Bolsonaro entre as entrevistadas. Ele também tem dado algum destaque à mulher, Rosângela da Silva, a Janja, durante os atos de campanha.

A indecisão na sondagem espontânea é maior entre eleitores com renda menor. Entre os ouvidos de renda familiar até dois salários mínimos, a taxa é de 20%, contra 12% dos de renda acima de dez salários mínimos.

última pesquisa Datafolha mostra que Lula segue liderando entre as mulheres, ainda que tenha variado negativamente nessa fatia do eleitorado na corrida pela Presidência. Já Bolsonaro empatou tecnicamente com o petista entre os homens, reduzindo a diferença para o rival de seis para quatro pontos percentuais.