Voto impresso: veja como os deputados federais goianos votaram
15 deputados federais por Goiás participaram da votação para analisar o voto impresso. Confira:
Dos 17 deputados federais goianos, 15 participaram da votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Voto Impresso, que foi rejeitada no plenário da Câmara dos Deputados por não atingir os 308 votos favoráveis dos parlamentares na noite da última terça-feira (10). Flávia Morais (PDT) e Adriano do Baldy (PP) foram os únicos que não participaram da votação. O resultado ficou 229 votos a favor e 218 votaram pelo arquivamento da proposta. Veja como votou cada parlamentar de Goiás.
Os deputados que votaram “não”, em favor da PEC foram: Célio Silveira (PSDB), Zacharias Calil (DEM), Francisco Júnior (PSD), Glaustin da Fokus (PSC), João Campos (Republicanos), José Mario Schreiner (DEM), Magda Mofatto (PL), Major Vitor Hugo (PSL) e Professor Alcides (PP).
Os parlamentares que votaram “sim”, pelo arquivamento da PEC foram: Alcides Rodrigues (Patriota), Delegado Waldir (PSL), Elias Vaz (PSB), José Nelto (Podemos), Lucas Virgílio (Solidariedade) e Rubens Otoni (PT).
O Mais Goiás já havia adiantando esse resultado na última terça-feira (10). A matéria, entretanto, expunha a incerteza de como seriam os votos de Magda Mofatto e Delegado Waldir, mas ressaltava a tendência de votos em maioria favoráveis ao voto impresso.
PEC do voto impresso
Defendida fielmente por Jair Bolsonaro (sem partido), a PEC chegou a ser rejeitada na Comissão em que era analisada. Foram 22 votos contra 11, dos que era a favor. Para o relator, deputado Raul Henry (MDB), não havia justificativa para a pauta.
“A população brasileira, depois de 25 anos da utilização da urna eletrônica, reconhece e testemunha a conquista que ela representa. Diferentemente do período em que o voto era em papel, não há nenhuma confirmação de uma única fraude nesse período”, concluiu o parlamentar.
Entretanto, o presidente da Câmara, Arthur Lira (DEM) decidiu dar sobrevida ao projeto e levou a proposta para o plenário da Casa na última terça-feira (10). Se fosse aprovada, passaria ser obrigatória a impressão de um tipo de cédula pela urna eletrônica e depositada num recipiente, durante as votações. Como justificativa, Bolsonaro discursava que havia necessidade do voto impresso para se evitar “fraudes nas urnas eletrônicas” o que, de acordo com o mandatário, já aconteceu. No entanto, Bolsonaro não chegou a apresentar provas para tais denúncias.
No final da votação realizada na última terça, Arthur Lira disse que o assunto do voto impresso está “encerrado” e que é preciso “baixar a temperatura” para a retomada dos debates. Lira também disse que espera que Bolsonaro aceite o resultado da votação.
“Nós trabalhamos para dar um ponto final nessa situação. O esticar das cordas, no meu entender, passou de todos os limites. Temos que trazer para a normalidade”, disse, em entrevista à Globo News, após a sessão.
Desfile da Marinha do dia da votação
A instabilidade ainda ficou mais evidente durante um desfile de carros da Marinha em frente ao Palácio do Planalto, que ocorreu no dia da votação da pauta na Câmara. O ato durou cerca de 10 minutos. Foram cerca de 40 veículos militares, entre blindados, tanques, caminhões e jipes que passaram pelo local. O objetivo, segundo a Marinha, era realizar a entrega de um convite a Bolsonaro para assistir o treinamento realizado pelos agentes em Formosa (GO). Entretanto, apesar de ser um evento anual, essa foi a primeira vez que o desfile passou pela capital federal e, sobretudo, em frente ao Palácio do Planalto.
O desfile foi criticado e visto por muitos nos bastidores como uma forma de politização das Forças Armadas. A carreata começou por volta das 8h30. Neste horário, Bolsonaro já estava localizado na rampa do Palácio do Planalto. Ele estava acompanhado pelos comandantes do Exército, Paulo Sérgio, da Marinha, Almir Garnier e Carlos de Almeida Baptista, da Aeronáutica. Também estavam os ministros Walter Braga Netto (Defesa), Ciro Nogueira (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral) e Anderson Torres (Justiça).
Os deputados Ricardo Barros e Evair de Melo também estiveram no local, assim como o ministro Ives Gandra da Silva Martins Filhos, do Tribunal Superior do Trabalho (TST).