“Vou defender as reformas”, diz deputado Francisco Jr.
Francisco Jr. (PSD), o quarto deputado federal mais votado de Goiás, diz que os próximos…
Francisco Jr. (PSD), o quarto deputado federal mais votado de Goiás, diz que os próximos quatro anos no Brasil serão marcados por reformas. Em sua estreia na Câmara dos Deputados, ele disse que vai defender a reforma política e da previdência, mas com discussões aprofundadas e dados concretos.
“Será um governo de reformas”, diz o parlamentar. Segundo ele, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) vai precisar escolher entre manter a popularidade ou atender às reais necessidades do País.
“Ele vai passar por uma avaliação de popularidade muito significativa. Mas então ele vai priorizar as reformas necessárias ou a popularidade? Não tem como fazer reforma mantendo, no momento da reforma, altíssimos índices de impopularidade. Porque só se tem um resultado no futuro”, diz.
O social democrata analisa os resultados das urnas em 2018, diz que a população já demonstrou o que não quer, mas ainda não tem certezas do caminho a seguir. “A população se posicionou de forma muito clara sobre o que ela não quer. Agora temos que dar alternativas”, diz.
Por isso, ele defende uma reforma política, com revisão de leis para atender aos novos anseios de uma nova sociedade, principalmente no que diz respeito à tecnologia, ao processo eleitoral, ao funcionalismo público. Ele ainda defende a Reforma da Previdência, mas cobra a existência de dados conclusivos.
Privilégios e grupos políticos
Na análise de Francisco Jr., deve haver clareza de ideias para criar grupos políticos na Câmara Federal. Ele destaca que o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Social Liberal (PSL) têm as maiores bancadas, ainda não representam maioria: “sozinho, hoje, nenhum partido consegue dominar”, defende.
O deputado tem discurso muito próximo ao que outros políticos brasileiros, e o próprio Bolsonaro, defendem. Uma consonância com os apelos sociais: desburocratização da máquina pública, maior transparência, combate à impunidade e à corrupção em todos os poderes. Ele acredita que as mudanças devem recuperar a confiança na classe política.
Questionado se vai manter os benefícios a que deputados federais têm direito, critica a existência de privilégios. “Eu sou contra os privilégios, sou a favor das ferramentas de trabalho. Quando se fala em privilégios, também entra nisso esse poder de apartar do resto da sociedade e tomar decisões para si próprio”, finaliza.
Estado e Religião
Na análise do parlamentar, o fortalecimento da bancada da bíblia ocorreu como uma reação à oposição e a posições que ele denomina ‘radicais’. Ele compara esse cenário à eleição de Bolsonaro à Presidência: “assim como o Bolsonaro é a maior obra do PT. Ele é uma reação a posições muito radicais, que geraram uma postura muito radical do outro lado”.
“A religião tem que atuar quando a matéria é religiosa: quase nada”, diz. Francisco é fortemente ligado à Igreja Católica e defende a distância do Estado e das religiões, principalmente na análise de projetos e propostas.
Ele exclui da categoria religiosa temas como aborto, eutanásia, ortotanásia e o que chama de ‘ideologia de gênero’. “A eutanásia e a ortotanásia são discussões que superam o campo religioso. Ela é filosófica, mas também é biológica. A ideologia de gênero, a mudança de sexo, não é só moral e social, mas também biológica. Não podem ser feitas discussões rasas”, defende.